Segundo a mesma fonte, a ordem de Vladimir Putin foi transmitida durante uma reunião aos responsáveis designados por Moscovo para as áreas ocupadas no leste e no sul da Ucrânia, país alvo de uma ofensiva militar russa desde fevereiro de 2022.
A Presidência russa (Kremlin) declarou estas zonas como parte da Federação Russa, pelo que os seus habitantes serão chamados às urnas nas próximas eleições presidenciais, previstas para o próximo ano.
"A reunião foi presidida pelo vice-diretor da administração do ditador russo [Vladimir] Putin, Sergei Kirienko", disse o GUR, num comunicado hoje divulgado.
Além de distribuir mais passaportes, Kirienko terá ordenado a entrega de mais ajuda social retirada dos orçamentos regionais e intensificado a propaganda sobre o bom progresso da economia russa, a estabilidade do rublo e a melhoria do padrão de vida na Federação Russa.
O Governo e o exército ucranianos, mas também muitos cidadãos que chegaram ao território controlado por Kiev vindos dos territórios ocupados, denunciam que a Rússia só concede benefícios sociais àqueles que aceitam a nacionalidade russa nas áreas ocupadas.
Com esta medida, o Kremlin pretende consolidar o controlo do território que ocupa nas províncias ucranianas de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia.
Desde 2014, quando anexou a península, a Rússia também controla a Crimeia, que continua a ser, formalmente, uma república autónoma dentro da Ucrânia.
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