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Líder da oposição da Malásia volta atrás em plano de abandonar partido

O líder da oposição da Malásia, Muhyiddin Yassin, disse no sábado que se irá recandidatar à presidência do partido Bersatu nas próximas eleições internas, um dia depois de anunciar que iria renunciar ao cargo.

Líder da oposição da Malásia volta atrás em plano de abandonar partido
Notícias ao Minuto

07:15 - 26/11/23 por Lusa

Mundo Malásia

O antigo primeiro-ministro, de 75 anos, explicou que mudou de ideias depois da mulher o ter instado a "ficar mais um mandato" e não desiludir os seus colegas do Bersatu, sigla pela qual é conhecido o Partido Indígena Unido da Malásia.

"Devido aos amáveis apelos dos membros e dos líderes do partido, decidi oferecer-me para concorrer à presidência do partido quando chegar a hora", explicou Muhyiddin, no seu discurso no congresso geral anual do Bersatu.

De acordo com a agência de notícias financeira Bloomberg, o recuo de Muhyiddin ocorre depois dos principais líderes do partido terem rejeitado a decisão inicial do político de renunciar ao cargo, anunciada na sexta-feira.

A ausência de Muhyiddin da liderança da Perikatan Nacional, dominada por dirigentes da etnia malaia, poderia potencialmente enfraquecer a oposição à coligação que apoia o primeiro-ministro Anwar Ibrahim.

Muhyiddin lidera também o bloco da oposição Perikatan Nacional ('Aliança Nacional'), que obteve ganhos significativos face à coligação atualmente no poder, tanto nas eleições provinciais de agosto como nas eleições nacionais de 2022.

Isto apesar de Muhyiddin enfrentar sete acusações de corrupção e branqueamento de capitais apresentadas pela Comissão Anticorrupção da Malásia (MACC, na sigla em inglês), a última das quais em março.

A MACC alega que Muhyiddin recebeu subornos no valor de cinco milhões de ringgit (1,05 milhões de euros) para o Bersatu.

O antigo governante negou ter abusado do poder, nomeadamente para conceder contratos a empreiteiros de etnia malaia, selecionados em troca de subornos, e para aprovar o recurso de um empresário sobre o cancelamento da isenção fiscal de que beneficiava.

Muhyiddin foi acusado também de apropriação indevida de fundos públicos destinados a combater a pandemia de covid-19.

O antigo chefe do executivo malaio durante 17 meses, entre 2020 e 2021, no auge da pandemia na Malásia, é acusado de abusar do cargo para obter subornos no total de 232,5 milhões de ringgit (48,5 milhões de euros)

Os subornos terão sido pagos por empresas que receberam tratamento preferencial para projetos financiados pelos fundos, de acordo com a acusação. Por outro lado, enfrenta duas acusações de branqueamento de capitais no valor de 195 milhões de ringgit (40,8 milhões de euros), pagos também ao partido.

Muhyiddin classificou as acusações como "perseguição política organizada" que tem por objetivo desacreditar o partido islamita.

O primeiro-ministro Anwar Ibrahim negou que as acusações tenham motivação política. A MACC e o Ministério Público, cujos líderes foram nomeados por Muhyiddin, rejeitaram também que tenha havido interferência política na investigação.

Leia Também: Miguel Oliveira diz que "não há nada que justifique a queda" na Malásia

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