O ex-atleta paraolímpico sul-africano Oscar Pistorius vai ser colocado em liberdade condicional, depois de quase 10 anos na prisão por ter matado a namorada, um crime que cometeu em 2013, avança esta sexta-feira a Associated Press (AP). 

O porta-voz do Departamento de Correções, Singabakho Nxumalo, revelou que Pistorius sairá em liberdade no dia 5 de janeiro de 2024, mas com condições. O ex-atleta não pode sair de Pretória (onde ficará a viver) sem permissão das autoridades, tem de cumprir um programa de controlo de agressividade e tem de cumprir serviço comunitário.

Estas condições vão estar em vigor durante cinco anos.

Pistorius, que completou 37 anos esta semana, foi preso no final de 2014. Foi-lhe dada uma segunda oportunidade de sair em liberdade condicional no espaço de oito meses, após ter sido erradamente considerado inelegível para a libertação condicional numa primeira audiência em março.

Oscar Pistorius foi detido em 14 de fevereiro de 2013, acusado de ter matado a sua namorada. O atleta alegava na altura ter confundida Reeva Steenkamp com um ladrão, contra quem disparou fatalmente. Disparou por quatro vezes através da porta da casa de banho, que estava fechada. Em setembro de 2014, Oscar foi considerado culpado por homicídio e condenado a 13 anos e cinco meses de prisão.

Na África do Sul, pessoas que cometem crimes graves têm de cumprir pelo menos metade da pena para poderem beneficiar de liberdade condicional, o que já aconteceu com Pistorius, cabendo a decisão final à comissão de liberdade condicional.

As comissões de liberdade condicional sul-africanas têm em conta vários fatores, incluindo a conduta do recluso na prisão, a sua saúde mental e qualquer risco que a sua libertação represente para a comunidade.

Pistorius poderá ficar em liberdade condicional total ou em regime diurno, no qual pode viver fora da prisão durante o dia, mas terá de regressar à noite.

Através de uma declaração escrita, a mãe de Reeva Steenkamp revelou que não se irá opor à liberdade condicional de Pistorius, mas deixou claro que não acredita "na versão que ele pensou que a pessoa na casa de banho era um ladrão".

"A minha filha mais querida gritou pela sua vida. Acredito que ele sabia que era a Reeva", salientou June Steenkamp.

Embora não se saiba se será mesmo libertado e em que data ocorrerá, a acontecer, o atleta deverá ir viver para a luxuosa mansão do seu tio, nos subúrbios de Pretória, revela a AP.

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