O Presidente egípcio, Abdelfatah al-Sisi, congratulou-se hoje com o acordo de tréguas temporárias entre Israel e o Hamas, mediado pelo Egito, Qatar e os Estados Unidos.
"Gostaria de expressar a minha satisfação com o sucesso da mediação do Egito, Qatar e Estados Unidos para se chegar a um acordo para implementar uma trégua humanitária na Faixa de Gaza e a troca de detidos de ambas as partes", disse Al Sisi numa mensagem divulgada na conta oficial do Facebook.
"Confirmo a continuação dos esforços egípcios para alcançar soluções finais e sustentáveis que alcancem a justiça, imponham a paz e garantam os direitos do povo palestiniano", acrescentou.
O acordo inclui a libertação de 50 mulheres e crianças civis mantidas como reféns em Gaza em troca da libertação de um número não especificado de "mulheres e crianças palestinianas detidas nas prisões israelitas" e uma pausa de quatro dias, que pode vir a ser prolongada, anunciou hoje o governo do Qatar.
A trégua, que pode entrar em vigor nas próximas 24 horas, vai "permitir a entrada de mais ajuda humanitária em Gaza, incluindo combustível destinado necessidades humanitárias", segundo um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar.
De acordo com os meios de comunicação israelitas, o Hamas vai transferir os reféns para o Egito através da passagem terrestre de Rafah, em grupos de cerca de dez (por dia), e, a partir daí, vão ser transferidos para Israel.
Entretanto, o Governo de Paris referiu-se em concreto aos reféns de origem francesa que espera ver libertados.
A chefe da diplomacia de França, Catherine Colonna disse à rádio France Inter que se mantém cautelosa porque "cada uma das partes deve cumprir a sua parte do acordo".
?A República Popular da China saudou o acordo alcançado e sublinhou a "crise humanitária".
"Congratulamo-nos com o acordo de cessar-fogo temporário entre as partes envolvidas e esperamos que este alivie a crise humanitária, contribua para o desanuviamento e reduza as tensões", declarou hoje aos jornalistas a porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning.
Londres saúda o acordo e considera-o com um "passo crucial" para os reféns e para "resolver a crise humanitária",
A Alemanha também saudou o que apelidou de "avanço" que "deve ser utilizado para fazer chegar a ajuda vital aos habitantes".
"A libertação anunciada de um primeiro grupo de reféns é um passo em frente, mesmo que nada no mundo possa apagar o seu sofrimento. A trégua humanitária deve ser utilizada para levar ajuda vital à população de Gaza", declarou a chefe da diplomacia alemã, Annalena Baerbock, na rede social X.
Os EUA e a Rússia saudaram na terça-feira o acordo.
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