"As forças dos EUA responderam em autodefesa contra aqueles que realizaram o ataque", disse um oficial militar dos EUA que respondia a perguntas sobre um ataque de 'drones' na madrugada de hoje na área de Abu Ghraib, a oeste de Bagdade, e que teve como alvo um veículo pertencente aos grupos armados pró-Irão Hachd al-Chaabi.
O ataque surge num contexto de aumento das tensões regionais, com a guerra entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas na Faixa de Gaza.
O veículo atingido fazia parte de uma caravana de quatro automóveis.
Nos últimos dias, grupos armados próximos do Irão ameaçaram atacar as forças norte-americanas destacadas no Médio Oriente devido ao apoio de Washington a Israel na sua guerra contra o Hamas.
A maior parte dos ataques contra soldados norte-americanos e contra a coligação internacional no Iraque foram reivindicados por um grupo denominado Resistência Islâmica no Iraque, na rede social Telegram.
Hoje, esse movimento anunciou que um dos seus combatentes foi morto em combate na batalha contra as forças norte-americanas no Iraque, sem relatar as circunstâncias desta morte, nem especificar se foi morto em Abu Ghraib.
Um funeral realizou-se perto de uma mesquita em Bagdade, na presença de várias centenas de combatentes do Hachd al-Chaabi.
As forças norte-americanas destacadas no Iraque e na Síria foram atacadas pelo menos 61 vezes desde meados de outubro, deixando dezenas de militares americanos com ferimentos ligeiros, segundo oficiais militares americanos.
Em retaliação aos ataques, Washington bombardeou locais na Síria ligados ao Irão.
Os Estados Unidos também adotaram sanções contra sete pessoas afiliadas a dois grupos armados iraquianos pró-iranianos.
Washington tem cerca de 900 soldados na Síria e quase 2.500 no Iraque que combatem a organização jihadista Estado Islâmico (EI).
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