PM espanhol e belga reúnem-se com Netanyahu e Abbas na quinta-feira

Os líderes dos governos de Espanha e Bélgica, que têm a atual e a próxima presidência semestral europeia, reúnem-se na quinta-feira com o primeiro-ministro israelita, em Israel, e com o presidente da Autoridade Palestiniana, na Cisjordânia, foi hoje divulgado.

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© Ahmed El Mokhallalati/Reuters

Lusa
20/11/2023 18:05 ‧ 20/11/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

Segundo fontes do Governo de Madrid, Pedro Sánchez e Alexander de Croo deslocam-se em conjunto a Israel e à Cisjordânia na quinta-feira e terão encontros com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e com o líder da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas.

A presença de Sánchez e Croo pretende transmitir a posição da União Europeia (UE) em relação à guerra entre Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas aos líderes políticos de Israel e da Autoridade Palestiniana, disseram as mesmas fontes, citadas por vários meios de comunicação social espanhóis.

Nas últimas semanas, desde o ataque do Hamas a Israel, em 07 de outubro, outros líderes europeus estiveram já nos dois territórios, entre eles, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.

Esta será a primeira viagem oficial de Pedro Sánchez desde que foi reeleito primeiro-ministro, na semana passada, numa sessão do parlamento espanhol em que defendeu "o cessar-fogo imediato de Israel sobre Gaza" e se comprometeu "a trabalhar, em Espanha e na Europa", pelo reconhecimento do Estado palestiniano.

"Exigimos o cessar-fogo imediato de Israel sobre Gaza e o estrito cumprimento do direito internacional humanitário, que claramente não se está a respeitar", afirmou.

Sánchez pediu que não haja dúvidas de que Espanha, que tem atualmente a presidência semestral do Conselho da União Europeia e vai passar este testemunho à Bélgica em 01 de janeiro, "está com Israel na repulsa e resposta ao atentado terrorista" de outubro do Hamas.

"Mas com idêntica clareza rejeitamos a matança indiscriminada de palestinianos em Gaza e na Cisjordânia", acrescentou, antes de defender a entrada imediata em Gaza de ajuda humanitária e a realização de uma conferência de paz internacional que abra as portas à diplomacia e ao reconhecimento do Estado palestiniano pela comunidade internacional.

O líder do Partido Socialista espanhol (PSOE) assumiu mesmo como "primeiro compromisso" da nova legislatura em Espanha "trabalhar, em Espanha e na Europa" pelo reconhecimento do Estado palestiniano.

O Hamas, um grupo palestiniano extremista considerado terrorista pela UE e os Estados Unidos, controla a Faixa de Gaza desde 2007, de onde cerca de três mil dos seus militantes lançaram um ataque sem precedentes contra o sul de Israel em 07 de outubro.

O ataque causou 1.200 mortos, segundo as autoridades israelitas, que responderam com uma declaração de guerra ao Hamas e uma ofensiva contra Gaza que o grupo islamita disse que já matou mais de 13 mil pessoas.

Segundo a ONU, a ofensiva de Israel em Gaza já causou 1,7 milhões de deslocados.

Leia Também: Primeiro hospital de campanha vindo da Jordânia já está em Gaza

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