Em causa está uma nova área de produção com reservas potenciais de centenas de milhões de barris de petróleo que a empresa norueguesa pretende lançar, de acordo com informação prestada esta semana pelo vice-presidente da Statoil para área de estratégia e desenvolvimento de negócios, Gareth Burns.
"As transações permitirão à Statoil desbloquear o capital para avançar com uma extensa campanha de perfuração na bacia do (rio) Kwanza", explicou o administrador, numa nota da empresa consultada hoje pela Lusa.
"As operações [nas participações] fazem parte do processo contínuo de otimização e ajuste do portefólio da Statoil. Fazemos isso para maximizar o valor dos ativos centrais", acrescentou Gareth Burns.
Nesse sentido, a petrolífera norueguesa está a proceder à venda de 10 por cento das participações nos blocos angolanos 38 e 39 - em offshore - à colombiana Ecopetrol.
Depois da concretização destes negócios, cujos montantes não foram revelados, a Statoil garante que continuará a ser operador em ambos os blocos, em águas profundas no sul de Angola.
Ainda segundo a empresa, estas operações estão sujeitas à aprovação da petrolífera angolana Sonagol, concessionária nacional, bem como pelo Ministério dos Petróleos de Angola.
Com estas mudanças, o bloco 39 passará a ser participado pela Statoil, também operadora, com 37,5%, pela Total (7,5%), WRG (15%), Ecopetrol (10%) e Sonangol (30%). Já o bloco 38 manterá a Statoil como operadora (45%), participado ainda pela WRG (15%), Ecopetrol (10%) e Sonangol (30%).
Em Angola, além destes, a Statoil integra as participações nos blocos 22, 25 e 40, na bacia do Kwanza.
A plataforma continental angolana é "o maior contribuinte para a produção de petróleo da Statoil fora da Noruega", sendo "um alicerce fundamental para o crescimento da produção internacional", destaca a empresa.
A Statoil produziu em Angola, durante o ano de 2013, cerca de 200 mil barris de petróleo por dia.