Justiça italiana condena a 30 anos um dos chefes da máfia calabresa

Um tribunal da cidade calabresa de Lamezia Terme, no sul de Itália, condenou hoje dois chefes da máfia Ndrangheta a 30 anos de prisão, bem como o antigo deputado da Forza Italia Giancarlo Pittelli a 11 anos de cadeia.

tribunal, justiça

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Lusa
20/11/2023 14:53 ‧ 20/11/2023 por Lusa

Mundo

Itália

As sentenças mais pesadas foram para os líderes locais da máfia calabresa Saverio Razionale e Domenico Bonavota, no âmbito de um mega julgamento que desde o início de 2021 tem analisado vários casos relacionados com mais de 300 alegados membros desta organização criminosa.

Este processo judicial centra-se principalmente na família Mancuso - um dos ramos desta organização, que é o principal sindicato do crime em Itália e que as autoridades dizem controlar em grande parte o comércio ilegal de cocaína na Europa.

O volume anual de negócios da máfia calabresa está estimado em 50.000 milhões de euros.

Ainda não foi proferida qualquer sentença contra o chefe máximo do clã, Luigi Mancuso, conhecido como "Tio", que está a ser julgado separadamente.

Os réus enfrentam acusações de homicídio, participação em organização criminosa, tráfico de droga, lavagem de dinheiro e corrupção de funcionários públicos.

O julgamento foi realizado na Calábria, sede da organização, e para acomodar o grande número de pessoas que participam, foi construído um tribunal de alta segurança num antigo edifício da cidade, com celas gradeadas para os acusados.

Mais de 50 testemunhas prestaram depoimento ao longo do processo, enquanto 338 arguidos já foram julgados, incluindo antigos agentes da polícia e funcionários de instituições locais.

No total, estão em julgamento pedidos dos procuradores num total de 4.700 anos de prisão para todos os envolvidos.

O início do caso remonta ao Natal de 2019, quando o procurador Nicola Gratteri - que lidera a luta contra a máfia há mais de três décadas - ordenou a detenção de centenas de suspeitos da operação Renaissance Scott, em homenagem a Sieben William Scott, um investigador norte-americano que informou sobre as ligações da máfia calabresa com organizações do crime organizado colombianas.

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