EUA. 'Babysitter' condenado a 700 anos de prisão por agressão sexual
As vítimas tinham idades entre os 2 e os 12 anos.
© Sean Krajacic - Pool/Getty Images
Mundo Estados Unidos
Um homem, que trabalhou durante anos como 'babysitter' na Califórnia, foi condenado na sexta-feira a uma pena superior a 700 anos de prisão por agredir sexualmente 16 meninos e jovens enquanto estavam ao seu cuidado, no estado norte-americano da Califórnia.
A justiça considerou que Matthew Antonio Zakrzewski, de 34 anos, abusou de várias crianças com idades entre os 2 e os 12 anos de idade, sendo que vários dos abusos foram filmados pelo próprio. A uma outra criança, Zakrzewski mostrou-lhe imagens de abuso sexual de menores com intenções de replicar o conteúdo com a vítima.
Segundo a procuradoria do condado de Orange County, no sul da Califórnia, os crimes ocorreram entre janeiro de 2014 e maio de 2019.
Zakrzewski foi detido apenas em maio de 2019 depois de um casal, em Laguna Beach, ter denunciado à polícia que o 'babysitter' tinha tocado de forma inapropriada no seu filho de oito anos. O homem foi intercetado num aeroporto local quando se preparava para apanhar um voo internacional.
Em comunicado, citado pela NBC News, o procurador do condado afirmou que o homem era "um mestre manipulador", ao conseguir que as vítimas mentissem e mantivessem segredos sobre as agressões e violações.
Inicialmente, Matthew Zakrzewski foi acusado de três crimes de atos inapropriados com um menor com idade inferior a 14 anos, um crime de beijar sem consentimento uma criança de 10 anos e um crime de pornografia infantil. No entanto, à medida que a investigação foi avançando, mais vítimas foram identificadas através dos vídeos filmados pelo agressor.
Na sessão em que conheceu a sentença, o réu não pediu desculpa pelos crimes. "Orgulho-me de ter feito as vossas crianças sorrir e todos os bons tempos que passamos foram genuínos", disse.
No total, Zakrzewski foi acusado de 34 crimes. A pena total decidida pela justiça na Califórnia foi de "705 anos a pena perpétua, mais dois anos e oito meses" - o estado da Califórnia prevê a aplicação da pena de morte, mas a prática foi suspensa pelo governador e a região está a preparar-se para desmantelar o sistema de corredor da morte, no qual existe o maior número de condenados nos EUA.
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