A autorização só foi dada pelo Governo israelita depois de o exército e os serviços secretos terem aprovado a medida e após pedido prévio das autoridades dos Estados Unidos.
O objetivo é "garantir a manutenção mínima das necessidades dos sistemas de água, resíduos e saneamento" para evitar um surto de doenças que "potencialmente" também poderiam espalhar-se para Israel, segundo explica o documento do Governo, citado pelo jornal The Times of Israel.
Um primeiro carregamento, de 23 mil litros de combustível, foi destinado à agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (UNRWA), mas com a condição de só ser utilizado no reabastecimento de veículos que entrem no território para fornecer ajuda.
Hoje, cerca de 150 mil litros de combustível destinados a abastecer os geradores de hospitais entraram na Faixa de Gaza através da passagem fronteiriça de Rafah, que liga o enclave ao Egito, informaram os meios de comunicação social egípcios.
A organização estima que sejam necessários cerca de 160 mil litros por dia para aliviar a grave escassez de bens essenciais na Faixa de Gaza.
As autoridades israelitas também alertaram que irão garantir que o combustível que entra em Gaza não acabe nas mãos do grupo islamita Hamas e confiam que este tipo de gesto aumentará o espaço de manobra diplomática para continuar com a sua ofensiva e "eliminar" o Hamas.
Israel proibiu a entrada de combustível, assim como outros bens fundamentais -- água ou e medicamentos -, na Faixa de Gaza há mais de um mês, na sequência do ataque sem precedentes ao território israelita realizado em 07 de outubro pelo Hamas.
O ataque provocou, segundo Israel, mais de 1.200 mortos, na maioria civis, e permitiu ao Hamas fazer mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro em Gaza.
Em retaliação, Israel tem bombardeado Gaza e bloqueou a entrada de bens essenciais.
Segundo o Hamas - organização considerada terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel - o conflito provocou pelo menos 11.500 mortos na Faixa de Gaza.
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