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Presidente de Madagáscar apela ao voto em força da população

O Presidente de Madagáscar, Andry Rajoelina, apelou hoje ao voto em força na primeira volta das eleições presidenciais, depois de ele próprio ter votado, denunciando os apelos ao boicote do escrutínio feitos por uma grande maioria da oposição.

Presidente de Madagáscar apela ao voto em força da população
Notícias ao Minuto

11:32 - 16/11/23 por Lusa

Mundo Madagáscar

Confiante nas hipóteses de ser reeleito à primeira volta, Rajoelina, 49 anos, enfrenta doze candidatos, mas dez deles não fizeram campanha e apelaram aos eleitores para boicotarem o evento que hoje decorre.

A participação dos mais de onze milhões de eleitores registados será decisiva para aferir o efeito do apelo ao boicote feito no último mês e meio pela oposição.

Seja qual for o resultado, que só deverá ser conhecido dentro de uma semana, a crise política deverá porém continuar na maior ilha do oceano Índico.

"A única via democrática (...) são as eleições", declarou Andry Rajoelina à comunicação social, depois de ter votado em Antananarivo.

O Presidente da República congratulou-se com o facto de "a população votar em massa" e denunciou "as pessoas que estão a tentar criar problemas e impedir as eleições", referindo-se aos incidentes ocorridos nas assembleias de voto na passada terça-feira, que levaram à imposição de um recolher obrigatório na capital na noite anterior ao escrutínio.

A calma foi nota dominante durante a manhã na capital malgaxe, onde a votação está a decorrer sem incidentes maiores. As assembleias de voto devem permanecer abertas até às 17h00 locais (14h00 TMG).

Eleito em 2018, Andry Rajoelina chegou ao poder pela primeira vez em 2009, na sequência de um motim que depôs o antigo Presidente Marc Ravalomanana.

Dez opositores e candidatos, reunidos num coletivo que inclui dois antigos presidentes e vários antigos ministros, denunciaram as "manobras" do Governo para reconduzir Andry Rajoelina e pediram a suspensão do processo eleitoral.

Desde o início de outubro, o coletivo convocou várias manifestações na capital, que atraíram sempre apenas algumas centenas de apoiantes e prometeu continuar os protestos nos próximos dias, mas não há qualquer plano de ação para hoje.

Andry Rajoelina atravessou o país de helicóptero e avião privado, mobilizando recursos consideráveis para a sua campanha.

"É irresponsável encorajar os eleitores a não irem votar", condenou a porta-voz da sua campanha, Lalatiana Rakotondrazafy, acusando a oposição de querer "sabotar" as eleições, "tentando fazer refém toda a nação".

A crise política no país foi desencadeada em junho pela revelação na imprensa da discreta dupla nacionalidade adquirida por Andry Rajoelina em França em 2014.

A oposição alega que, por efeito da Lei da Cidadania do país, Rajoelina abriu mão do direito a candidatar-se às eleições ao pedir a dupla nacionalidade, mas o Supremo Tribunal malgaxe não validou esta pretensão.

Leia Também: Madagáscar escolhe Presidente e oposição apela ao boicote das eleições

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