"Fomos obrigados a enterrá-los numa vala comum", disse Mohammed Abou Salmiya, diretor do hospital, à France Presse.
"Há cadáveres espalhados pelos corredores das instalações hospitalares e as câmaras frigoríficas das morgues já não têm eletricidade", porque não entrou uma única "gota de combustível" na Faixa de Gaza desde o início da guerra, a 07 de outubro, acrescentou.
Hoje, "uma mulher e um homem nos cuidados intensivos morreram", informou o médico Abu Salmiya, elevando para 29 o número de doentes que se encontravam nestes serviços e que morreram desde que a eletricidade foi cortada, no sábado passado.
Um jornalista que trabalha para a Agência France Presse e que esteve no interior do hospital, o maior da Faixa de Gaza, relatou que o "cheiro dos corpos em decomposição" era sufocante.
Os combates e os ataques aéreos continuaram durante toda a noite de segunda-feira, mas com menos intensidade do que nas noites anteriores, acrescenta a France Presse.
Na terça-feira, os tanques israelitas concentraram-se nos portões do hospital, considerado por Israel como um esconderijo estratégico do Hamas.
[Notícia atualizada às 09h07]
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