Em comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) referiram que identificaram lançamentos desde o Líbano, em direção a um posto das forças israelitas na área do 'kibutz' Malkia, no norte de Israel.
"Um lançamento foi intercetado pelo Aerial Defense Array e o restante caiu em área aberta", adiantou a mesma fonte.
Em resposta, caças das FDI atingiram a "infraestrutura terrorista do Hezbollah no Líbano".
"Os alvos militares atingidos incluem vários centros de comando operacional onde operavam terroristas do Hezbollah", destacaram as FDI.
O grupo xiita libanês tinha reivindicado hoje cinco ataques contra alvos militares israelitas, em novo dia de agudização da violência fronteiriça.
O movimento afirmou que todos estes ataques foram realizados em apoio à população de Gaza e à sua "honrosa Resistência", numa aparente referência ao movimento islamita palestiniano Hamas, considerado terrorista por União Europeia e Estados Unidos, e que é alvo de uma ofensiva terrestre das tropas israelitas no enclave.
De acordo com o grupo xiita, as ações de hoje tiveram "impactos diretos" e pelo menos uma delas causou um número indeterminado de mortos e feridos nas fileiras do exército israelita.
O Exército israelita também já tinha confirmado que o Hezbollah, organização também considerada terrorista pela União Europeia, disparou contra vários locais no norte de Israel.
Em resposta, a artilharia da FDI "atingiu a fonte dos disparos", segundo a mesma fonte.
Também hoje, referiu a mesma fonte, uma célula do Hezbollah que tentou lançar mísseis anti-tanque em direção à área de Shtula, no norte de Israel, foi atingida por um tanque das FDI.
Desde 08 de outubro, o Hezbollah e Israel têm estado envolvidos em intensos duelos de artilharia na fronteira com o Líbano, um confronto que já causou dezenas de mortos, doze dos quais civis, e mais de 26.000 deslocados internos libaneses.
A violência atingiu níveis recorde no passado fim de semana, quando alguns especialistas consideraram que foram violadas regras de combate, reacendendo o receio de que o Líbano se torne uma segunda frente na guerra em Gaza.
O grupo islamita do Hamas lançou em 07 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo duas centenas de reféns.
Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
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