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Uganda acusa líder rebelde de terrorismo e de assassinar dois turistas

O líder de um grupo rebelde no Uganda foi acusado de terrorismo e homicídio na sequência do ataque fatal a dois turistas estrangeiros e ao seu motorista por um comando armado num parque nacional no mês passado.

Uganda acusa líder rebelde de terrorismo e de assassinar dois turistas
Notícias ao Minuto

15:15 - 13/11/23 por Lusa

Mundo Uganda

Abdul Rashid Kyoto, conhecido por Njovu, líder do grupo rebelde Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), foi detido no início deste mês durante uma operação do exército ugandês contra o grupo de comandos acusado de matar um britânico e uma sul-africana em lua-de-mel e o seu guia no Parque Rainha Isabel (oeste do Uganda), a 17 de outubro.

O ataque foi reivindicado pelo grupo Estado Islâmico (EI), ao qual os rebeldes das ADF juraram fidelidade. Njovu é também acusado pelas autoridades de um massacre numa escola em junho, no qual foram mortas 42 pessoas, na sua maioria estudantes.

Abdul Rashid Kyoto foi acusado de terrorismo, homicídio, roubo agravado e de pertencer a uma organização terrorista no âmbito da investigação do ataque no parque nacional, informou hoje o Ministério Público do país em comunicado.

Njovu foi detido no Lago Edouard, que fica na fronteira entre o Uganda e a República Democrática do Congo (RDCongo, onde as ADF têm as suas bases, segundo o mesmo texto, que acrescenta que dois outros membros do comando foram mortos e outros ainda "conseguiram fugir de barco".

O exército ugandês disse na semana passada que Njovu era o único sobrevivente de um comando de sete membros eliminado pelos fuzileiros das suas forças armadas numa "operação noturna bem coordenada".

O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, comprometeu-se em 18 de outubro a encontrar os "terroristas" que intercetaram, incendiaram e mataram os ocupantes do veículo dos turistas numa das zonas selvagens mais visitadas do Uganda.

O assassinato do casal de turistas num dos parques mais famosos do Uganda suscitou receios no sector do turismo, que contribuiu com quase 10% do PIB do país no ano passado, segundo dados oficiais.

Originalmente rebeldes ugandeses de maioria muçulmana, as ADF espalharam-se para o leste da RDCongo na década de 1990. Em 2019, juraram fidelidade ao Estado Islâmico, que reivindica a responsabilidade por algumas das suas ações.

Na semana passada, um tribunal ugandês condenou sete pessoas a penas entre sete e dez anos de prisão, nomeadamente pelas suas ligações às ADF.

Os condenados, incluindo um homem de 75 anos, declararam-se culpados de pertencer a uma "organização terrorista", bem como de financiar o terrorismo e de traficar crianças para serem recrutadas para as ADF.

As ADF foram identificadas como "organização terrorista" pelos Estados Unidos em 2021, mas os peritos do Conselho de Segurança das Nações Unidas não encontraram provas de apoio direto às ADF por parte do Estado Islâmico.

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