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EUA reafirmam que Israel não deve reocupar a Faixa de Gaza

O secretário de Estado norte-americano declarou hoje que Israel não deveria reocupar a Faixa de Gaza no final do conflito em curso com o Hamas, após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 em Tóquio.

EUA reafirmam que Israel não deve reocupar a Faixa de Gaza
Notícias ao Minuto

10:35 - 08/11/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"A única forma de alcançar uma paz sustentável será através do não deslocamento de palestinianos em Gaza, da não reocupação da Faixa [de Gaza] e da não realização do bloqueio ou da redução do território", disse Antony Blinken numa conferência de imprensa.

Os Estados Unidos já tinham manifestado a sua oposição a uma possível reocupação do território palestiniano na terça-feira, depois de o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, ter declarado no dia anterior que o seu país assumiria "a responsabilidade geral pela segurança" de Gaza "por um período indefinido".

"Fomos muito claros desde o primeiro dia: Gaza não pode ser governada pelo Hamas, Israel não pode ocupar Gaza e não pode haver deslocamento de palestinianos", afirmou Blinken, acrescentando que encontrou uma "grande unidade" entre o G7.

De acordo com o secretário de Estado norte-americano, será necessário também "colocar as vozes e aspirações do povo palestiniano no centro da governação em Gaza" depois da guerra e tornar este território "unificado" com a Cisjordânia sob o controlo da Autoridade Palestiniana.

Deve ainda ser criado, segundo Blinken, um "mecanismo sustentável para a reconstrução de Gaza" e será necessário encontrar "uma forma de permitir que israelitas e palestinianos vivam lado a lado nos seus próprios espaços, nas mesmas condições de segurança, liberdade, oportunidades e dignidade".

Blinken destacou o papel do Japão - país que ocupa atualmente a presidência e é o anfitrião da reunião de dois dias do grupo, que termina hoje -, nomeadamente pelos seus esforços no alívio das tensões no Médio Oriente e na ajuda humanitária a Gaza.

Não estava claro se os membros do G7 [Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Estados Unidos e Reino Unido] seriam capazes de alcançar tal unidade nas suas deliberações sobre o conflito, dadas as diferentes sensibilidades entre os seus membros sobre o direito israelita de se defender ou o aumento de vítimas civis em Gaza.

As declarações proferidas hoje por Blinken surgiram depois de os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 terem apelado a uma pausa humanitária em Gaza para facilitar a criação de um corredor seguro que permita a entrada imediata de ajuda.

Os ministros do G7 pediram ainda que se evite a escalada e a expansão do conflito israelo-palestiniano.

Sobre a invasão russa na Ucrânia, o secretário de Estado norte-americano disse ainda que os ucranianos "podem continuar a contar" com os Estados Unidos, que continuarão a lutar para devolver o seu território, alcançar a sua recuperação económica e maiores oportunidades, além do seu caminho à adesão à União Europeia (UE).

[Notícia atualizada às 11h43]

Leia Também: Blinken pede ao G7 unidade sobre conflito no Médio Oriente

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