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Níger pede ao Togo para mediar negociações com comunidade internacional

Os militares do Níger, no poder desde o golpe de Estado de 26 de julho, pediram hoje ao Togo para mediar as negociações com a comunidade internacional, particularmente com a África Ocidental, que aplicaram sanções ao país.

Níger pede ao Togo para mediar negociações com comunidade internacional
Notícias ao Minuto

20:14 - 06/11/23 por Lusa

Mundo Níger

O pedido foi revelado à imprensa pelo ministro da Defesa do Níger, general Salifou Mody, após ter sido recebido em Lomé pelo Presidente togolês, Faure Gnassingbé.

"Pedimos ao Presidente da República do Togo para ser um mediador, para facilitar este diálogo com os nossos diferentes parceiros", afirmou.

Na sequência do golpe de Estado de 26 de julho, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) impôs rigorosas sanções financeiras ao Níger para pressionar os militares que derrubaram o Presidente eleito Mohamed Bazoum a restabelecer a ordem constitucional.

O general Mody classificou as sanções como "cínicas" e agradeceu ao Togo o facto de ter continuado a dialogar com o regime militar após o golpe de Estado, ao contrário de muitos outros países.

Apesar de ser membro da CEDEAO, o Togo tomou várias iniciativas bilaterais para dialogar com o regime militar do Níger.

"Nunca fechámos o nosso país aos nossos amigos (...) O Níger continua aberto, mesmo que tenham sido tomadas disposições para que não possamos continuar a falar com eles", declarou Mody à imprensa após o encontro com Gnassingbé.

A França, antiga potência colonial do Níger, envolveu-se num braço de ferro com o regime militar após o golpe de Estado, tendo começado em outubro, a pedido deste, a retirar os cerca de 1.500 militares que mantinha destacados no país.

"Pedimos ao Togo, nosso país irmão, tendo em conta o que continua a dar-nos, que seja o nosso garante" no âmbito do acordo que enquadra a retirada militar francesa, que está a "progredir" e a decorrer "normalmente", acrescentou o ministro nigerino.

Por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Togo, Robert Dussey, declarou, em conferência de imprensa, que o seu país está pronto a "ajudar como facilitador" no diálogo entre o Níger e a comunidade internacional e agradeceu ao general Mody "por ter designado, juntamente com os Estados Unidos da América, o Togo como país garante da retirada das forças francesas".

A junta no poder em Niamey rejeitou os pedidos da CEDEAO para restaurar a ordem constitucional e insiste que é necessário um período de transição não superior a três anos para o fazer, numa altura em que o país enfrenta duas insurreições fundamentalistas islâmicas no sudeste e no oeste do seu território.

O Togo tenta regularmente posicionar-se como mediador na região.

Em 2022, participou nos esforços de libertação de 49 militares da Costa do Marfim mantidos reféns em Bamako, no Mali, depois de terem sido acusados de serem mercenários.

Leia Também: Autoridades do Níger confirmam tentativa de fuga do ex-presidente Bazoum

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