"Os palestinianos não são terroristas, nunca o foram"

O Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboune, defendeu no domingo à noite que os palestinianos não são terroristas e recordou que os argelinos foram assim rotulados durante a guerra de independência contra a colonização francesa.

Autoridades da Argélia mobilizam-se após aumento do número de casos

© Reuters

Lusa
30/10/2023 08:36 ‧ 30/10/2023 por Lusa

Mundo

Abdelmadjid Tebboune

"Os palestinianos não são terroristas, nunca o foram", disse Tebboune em Djelfa, citado pela agência espanhola EFE, sobre a guerra em curso entre israelitas e o grupo islamita Hamas, que Israel e outros países qualificam como terrorista.

Tebboune considerou que os palestinianos "defendem os seus direitos, a sua independência e a sua pátria", tal como fizeram os argelinos na guerra da independência entre 1954 e 1962.

"Os franceses consideravam os revolucionários do Exército de Libertação da Argélia terroristas, mas nós defendíamos a nossa terra", afirmou.

O dirigente argelino qualificou ainda os bombardeamentos israelitas na Faixa de Gaza como "um crime de guerra" e responsabilizou Israel pelo novo conflito.

A guerra atual seguiu-se numa incursão sem precedentes do grupo islamita Hamas em Israel em 07 de outubro, que as autoridades israelitas dizem ter provocado mais de 1.400 mortos.

O Hamas também raptou mais de duas centenas de israelitas e estrangeiros que mantém como reféns na Faixa de Gaza, um território com 2,3 milhões de habitantes que o grupo islamita controla desde 2007.

Israel tem bombardeado incessantemente a Faixa de Gaza desde então, com algumas incursões terrestres no norte do território, numa ofensiva que o Hamas diz ter provocado mais de oito mil mortos.

A comunidade internacional tem apelado para uma trégua que permita prestar ajuda humanitária à população civil de Gaza.

Argel defendeu a criação de dois Estados com as fronteiras de 1967, em conformidade com a legitimidade internacional e a Iniciativa Árabe de Paz.

A Argélia apelou também para o reconhecimento de um Estado palestiniano para alcançar "uma paz justa e global".

As fações palestinianas, lideradas pelo partido nacionalista Fatah e pelo Hamas, assinaram um acordo de reconciliação em Argel, há um ano, para pôr fim a 15 anos de divisão, após meses de negociações patrocinadas pelo Presidente argelino.

Leia Também: AO MINUTO: "Centenas de combatentes" mortos; 60 detidos em tumulto

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