Jordânia prevê que guerra terrestre em Gaza será catastrófica

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi, advertiu hoje de que a "guerra terrestre" que Israel planeia ampliar esta noite na Faixa de Gaza resultará numa "catástrofe humanitária de proporções épicas" que "a História julgará".

ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi.

© LOUAI BESHARA/AFP via Getty Images

Lusa
27/10/2023 21:01 ‧ 27/10/2023 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

"Israel acaba de lançar uma guerra terrestre contra Gaza. O resultado será uma catástrofe humanitária de proporções épicas nos próximos anos", avisou Safadi, numa breve mensagem divulgada na sua conta da rede social X (antigo Twitter).

A Jordânia, que desde o início da guerra se manifestou declaradamente contra a resposta de Israel ao ataque de 07 de outubro do movimento islamita palestiniano Hamas, foi o primeiro país árabe a reagir à expansão das operações terrestres israelitas na Faixa de Gaza, em paralelo com os bombardeamentos àquele território palestiniano.

"No seguimento da atividade ofensiva que temos levado a cabo nos últimos dias, as forças terrestres expandirão esta tarde a sua ação", indicou o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari.

Há dois dias consecutivos que Israel tem vindo a realizar pequenas incursões terrestres em áreas reduzidas da Faixa de Gaza, antes de iniciar a ofensiva militar terrestre em grande escala que anda a anunciar há quase três semanas.

Perante a iminência dessa operação terrestre em grande escala, o ministro jordano afirmou que "votar contra a resolução árabe" apresentada na Assembleia-Geral da ONU e que será votada hoje - apesar de não ser vinculativa -- "significa aprovar esta guerra e este massacre sem sentido".

"Milhões estarão a observar cada votação. A história julgará", sentenciou Safadi.

Depois do ataque de 07 de outubro do Hamas ao sul de Israel, que fez mais de 1.400 mortos, cerca de 5.000 feridos e 224 reféns, os intensos bombardeamentos da retaliação israelita sobre a Faixa de Gaza fizeram, desde então, mais de 7.300 mortos e cerca de 19.000 feridos naquele enclave palestiniano pobre que, além disso, esta noite sofreu um "corte total" dos serviços de comunicações, telefones e internet.

Leia Também: Hamas afirma-se pronto para ofensiva terrestre

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