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Manifestações na Jordânia pela anulação do tratado de paz com Israel
Pelo menos cinco mil pessoas manifestaram-se hoje em Amã para exigir a anulação do tratado de paz entre a Jordânia e Israel e para denunciar os bombardeamentos de Israel na Faixa de Gaza.
© KHALIL MAZRAAWI/AFP via Getty Images
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16:19 - 27/10/23 por Lusa
Mundo Israel
A manifestação teve início em frente da Grande Mesquita Husseini, no coração da capital da Jordânia, com uma forte presença policial.
Num cartaz lia-se "Não ao acordo de Wadi Araba [o tratado de paz israelo-jordano assinado em 1994], Não às bases americanas".
"A resistência é o caminho para a libertação", lia-se noutro cartaz, enquanto manifestantes gritavam "Wadi Araba não é paz, Wadi Araba é rendição" e empunhavam bandeiras palestinianas e jordanas.
No meio da multidão podiam-se também observar retratos do Presidente norte-americano, Joe Biden, e do Presidente francês, Emmanuel Macron, lado a lado com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.
A acompanhar os retratos lia-se "Parceiros no crime".
Em Zarqa, a cerca de 20 quilómetros da capital, Amã, cerca de duas mil pessoas participaram em manifestações, bem como centenas de outras em Mafraq, Tafila e Aqaba.
Desde 7 de outubro os jordanos têm-se mobilizado quase diariamente em solidariedade com os palestinianos em Gaza, controlada desde 2007 pelo grupo islamita Hamas - organização considerada terrorista pela União Europeia, Estados Unidos e Israel.
Segundo as autoridades de Gaza, mais de 7.300 pessoas, na sua maioria civis, incluindo mais de 3.000 crianças, foram mortas na Faixa de Gaza pelos bombardeamentos lançados por Israel em resposta ao ataque de 7 de outubro, o mais mortífero da sua história.
Cerca de 1.400 pessoas foram mortas em Israel desde o ataque do Hamas, incluindo cerca de mil civis mortos pelo movimento islamita palestiniano Hamas.
O rei Abdullah da Jordânia apelou na quarta-feira ao fim da violência na Faixa de Gaza através de um "horizonte político" que conduza à criação de um Estado palestiniano, para o que é "absolutamente necessário" pôr fim ao conflito.
Leia Também: AO MINUTO: Libertar reféns? Hamas tem uma condição; EUA impõem sanções
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