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Autoridade Palestiniana acusa Telavive de travar uma "guerra de vingança"

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana acusou hoje Israel de estar a travar uma "guerra de vingança" na Faixa de Gaza, afirmando que o cessar-fogo é essencial para que a ajuda humanitária possa ser entregue no local.

Autoridade Palestiniana acusa Telavive de travar uma "guerra de vingança"
Notícias ao Minuto

12:34 - 26/10/23 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Desta vez, a guerra que Israel está a travar é diferente. Desta vez, é uma guerra de vingança. Primeiro temos de pôr fim a esta agressão unilateral e depois temos de apelar a um cessar-fogo", afirmou, em Haia, Riyad al-Maliki, defendendo a ideia de que a solução de dois Estados "é mais pertinente do que nunca".

O chefe da diplomacia palestiniana está em Haia desde quarta-feira, dia em que entregou a resposta do Estado da Palestina e uma segunda petição escrita no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) com os procedimentos necessários para dar seguimento ao pedido de um parecer consultivo do TIJ sobre a natureza da ocupação colonial de longa duração de Israel e os meios para combater este sistema ilegal.

Em Haia, al-Maliki, que se reuniu também com o procurador do TIJ, Karim Khan, adiantou ter-lhe reafirmado que a situação em Gaza é perigosa.

"É situação em Gaza é tão perigosa que é necessária, urgentemente, a intervenção do Procurador do TIJ", acrescentou.

O gabinete de Khan já tinha indicado tinha indicado este mês que está "a recolher informações de forma constante" para confirmar a investigação sobre a situação nos territórios palestinianos.

O TIJ abriu uma investigação oficial em 2021 sobre os Territórios Palestinianos, em particular sobre alegados crimes cometidos pelas forças israelitas, pelo Hamas e por outros grupos armados palestinianos.

O gabinete do procurador disse que "criou uma equipa dedicada para fazer avançar a investigação em relação à situação no Estado da Palestina".

Criado em 2002, o TIJ é o único tribunal internacional independente que investiga crimes de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Israel, que não é membro do TPI, recusa-se a cooperar com a investigação ou a reconhecer a sua jurisdição.

Quarta-feira, num comunicado de imprensa do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP), al-Maliki sublinhou a importância do processo judicial, especialmente nestas circunstâncias em que Israel, "a autoridade de ocupação ilegal, está a violar todas as regras do direito internacional".

O chefe da diplomacia palestiniana confirmou que o Estado da Palestina recebeu o memorando do tribunal relativo ao início das audiências orais e retóricas, marcadas para 19 de fevereiro de 2024, e que a ANP está pronta para comparecer perante o tribunal na data indicada.

Ainda no comunicado, al-Maliki apelou também aos Estados membros da ONU para comparecerem perante o tribunal e manifestarem a intenção de apresentar argumentos retóricos perante o tribunal, que é considerado o mais importante órgão judicial internacional.

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