"Tenho o prazer de dizer que o Qatar está a tornar-se uma parte e um ator essencial na promoção de soluções humanitárias. Os esforços diplomáticos do Qatar são cruciais neste momento", escreveu hoje Tzachi Hanegbi na rede social X (antigo Twitter).
A mensagem do político israelita, que dirige o Gabinete de Segurança Nacional, foi publicada dois dias depois da libertação de dois reféns israelitas, que, segundo o porta-voz do grupo islamita Hamas, aconteceu graças à mediação do Egito e do Qatar.
O Hamas admitiu também que o país do Golfo teve um papel importante na libertação, há dias, de outros dois reféns raptados durante o ataque a Israel, em 07 de outubro.
As autoridades israelitas não tinham ainda comentado o papel do Qatar, embora o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu tenha agradecido ao Egito a sua colaboração no regresso dos reféns a Israel.
Por outro lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Eli Cohen, proferiu na terça-feira uma efusiva declaração no Conselho de Segurança das Nações Unidas, na qual defendeu que a comunidade internacional deveria exigir que o Qatar intensificasse os seus esforços para libertar as mais de 200 pessoas mantidas em cativeiro em Gaza.
"O Qatar, que financia e acolhe os líderes do Hamas, poderia influenciar e permitir a libertação imediata e incondicional dos reféns detidos pelos terroristas", sublinhou Cohen.
O país árabe acolhe, há anos, a liderança política do grupo islamita e paga os salários dos responsáveis do Hamas em Gaza, além de dar frequentemente dinheiro às famílias pobres do enclave.
Nos últimos anos, o Qatar intensificou o seu papel nas negociações entre Israel e várias milícias palestinianas, posicionando-se como um ator-chave na obtenção de acordos de cessar-fogo.
Leia Também: Portugal "acompanha posição de Guterres". "Foi cristalino na análise"
