O governante norte-americano visitou Israel na quarta-feira para expressar e garantir ao Estado judaico o apoio de Washington, após o ataque surpresa e sangrento conduzido pelo Hamas no território israelita no passado dia 07 de outubro, prometendo que os Estados Unidos da América (EUA) estarão sempre ao lado das autoridades israelitas.
Biden deu instruções às Forças Armadas para terem em estado de prontidão cerca de 2.000 soldados e enviou dois porta-aviões para o Mediterrâneo Oriental, num evidente sinal de força militar dissuasiva contra eventuais ataques a Israel, no âmbito da sua operação de resposta aos ataques do grupo islamita palestiniano Hamas.
Na rápida viagem a Israel, o líder norte-americano conseguiu do seu aliado histórico uma autorização para o fornecimento de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, enclave palestiniano controlado pelo Hamas desde 2007 e que está sitiado pelas forças israelitas, bem como garantiu que o Egito concordasse com a entrada, pela sua fronteira, de 20 camiões com ajuda humanitária.
Biden prometeu ainda pedir ao Congresso dos EUA um pacote de ajuda humanitária no valor de cerca de 100 milhões de euros.
De regresso aos EUA, o Presidente quer agora explicar estas medidas aos norte-americanos, procurando criar consenso político na resposta à agressão a Israel e à invasão russa da Ucrânia, através de um discurso que será transmitido pela televisão a partir da Sala Oval da Casa Branca.
No entanto, os planos da administração Democrata liderada por Biden poderão esbarrar no caos institucional que atravessa o Congresso norte-americano, composto pelo Senado, de maioria Democrata, e pela Câmara de Representantes, sob controlo Republicano, onde decorre um difícil processo de escolha do seu 'speaker' (presidente), após o afastamento de Kevin McCarthy.
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