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Mais 3.500 menores não acompanhados acolhidos nas ilhas Canárias

Mais de 3.500 menores migrantes não acompanhados vivem nas ilhas Canárias, no Oceano Atlântico, onde chegaram de forma ilegal em embarcações precárias a partir do continente africano, segundo as autoridades de Espanha.

Mais 3.500 menores não acompanhados acolhidos nas ilhas Canárias

© Getty Images

Lusa
17/10/2023 16:07 ‧ há 2 anos por Lusa

O presidente do governo regional das Canárias, Fernando Clavijo, disse esta semana que há uma chegada recorde de menores nesta situação às ilhas, cerca de 100 por semana.

Clavijo salientou que é necessário garantir aos menores os direitos que lhes são reconhecidos na lei e apelou ao executivo central de Espanha para agilizar o seu acolhimento em diversas regiões do país, dadas as limitações do arquipélago, formado por oito ilhas e com uma população de cerca de 2,2 milhões de pessoas.

Segundo Clavijo, as Canárias acolhem neste momento cerca de 3.800 menores migrantes não acompanhados, um número que o ministro da Inclusão, Segurança Social e Migrações, José Luis Escrivá, situou esta semana em "mais de 3.500".

O Governo de Espanha e as 19 comunidades e cidades autónomas do país chegaram na semana passada a um acordo para a distribuição, de forma solidária, de 396 menores migrantes não acompanhados pelas diversas regiões. Desse grupo, 349 estão nas Canárias e os restantes na cidade autónoma de Ceuta (um enclave espanhol no norte de África).

O acordo foi considerado esta semana insuficiente pelo ministro José Luis Escrivá, que apelou a maior solidariedade entre as diversas regiões.

"Parece-me verdadeiramente insuficiente para o desafio que têm as Canárias e penso que nem todas as comunidades estão a demonstrar o nível de solidariedade que deveriam", afirmou.

"Quando há uma crise como aquela que está a acontecer nas Canárias, onde há já mais de 3.500 menores mas podem continuar a subir, as outras comunidades autónomas devem solidarizar-se e ter uma responsabilidade coletiva com o tema", acrescentou o ministro, que sublinhou que o arquipélago "tem uma sobrecarga muito grande".

Espanha, a par de Itália, Grécia ou Malta, é conhecida como um dos países da "linha da frente" ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa, através das costas do Mediterrâneo e do arquipélago das Canárias.

O número de migrantes que chegaram este ano às Canárias, até 15 de outubro, supera as 23.500 pessoas e é já o segundo maior de sempre, só ultrapassado pelas 31.678 de 2006.

O Governo de Madrid tem defendido um novo Pacto de Migração e Asilo na União Europeia (UE) que garanta também a solidariedade entre Estados-membros na resposta a crises migratórias.

"O que não pode ser é que determinadas zonas do nosso país, como o sul de Espanha, as ilhas Canárias ou as ilhas Baleares enfrentem e assumam todo o fenómeno de imigração irregular sem a solidariedade do resto dos países europeus", disse, em 05 de outubro, o primeiro-ministro espanhol em funções, Pedro Sánchez.

Leia Também: 23.500 migrantes já chegaram às Canárias este ano, um recorde desde 2006

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