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Aeroportos sírios de Damasco e Alepo desativados após ataques israelitas

Os aeroportos internacionais de Damasco e Alepo (noroeste), na Síria, ficaram hoje fora de serviço, após dois ataques simultâneos, atribuídos a Israel, segundo as autoridades sírias.

Aeroportos sírios de Damasco e Alepo desativados após ataques israelitas
Notícias ao Minuto

14:50 - 12/10/23 por Lusa

Mundo Israel

Cerca das 13h50 locais (11h50 em Lisboa), aviões israelitas lançaram simultaneamente mísseis contra os dois aeródromos, causando danos materiais nas pistas e obrigando à suspensão do tráfego aéreo nas duas instalações, segundo a agência de notícias oficial síria, SANA, que citou uma fonte militar não identificada.

Os ataques "danificaram as pistas de ambos os aeroportos, deixando-os fora de serviço", segundo a mesma fonte.

O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma organização não-governamental (ONG) sediada no Reino Unido e com uma vasta rede de parceiros no terreno, confirmou na sua conta na rede social X (antigo Twitter) que foram ouvidas fortes explosões nas duas cidades, provocadas por "ataques israelitas dentro do perímetro" desses aeródromos.

Até agora, este ano, houve 34 ações israelitas, 26 das quais aéreas, algumas das quais já colocaram temporariamente fora de serviço os aeroportos de Damasco e Alepo, os principais aeroportos do país, de acordo com o Observatório.

Israel ataca o território sírio com alguma regularidade, mais frequentemente com mísseis lançados pelos seus aviões e menos frequentemente no terreno, a partir do seu lado da fronteira, embora este seja o primeiro grande ataque desde o início da guerra com movimento islamita palestiniano Hamas, no passado sábado.

As ações do Estado judaico na Síria são normalmente dirigidas contra alvos do grupo xiita libanês Hezbollah, que nos últimos dias lançou vários ataques contra tropas israelitas a partir do sul do Líbano, ou contra milícias iranianas, que esta semana reforçaram a sua presença na fronteira síria de Golã.

Tanto o Hezbollah como outros grupos armados apoiados por Teerão estão presentes em território sírio e são aliados do governo do Presidente Bashar al-Assad, enquanto Israel considera a sua presença contínua no país vizinho uma ameaça à segurança israelita.

O grupo islamita palestiniano Hamas lançou no sábado um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação "Tempestade al-Aqsa", com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.

Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação denominada "Espadas de Ferro".

Israel declarou guerra total e prometeu castigar o Hamas como nunca antes, tendo o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, declarado estar "em guerra" com o grupo palestiniano.

O Hamas controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como "grupo terrorista" pela União Europeia (UE), Estados Unidos e Israel.

Os dados oficiais de vítimas mortais do conflito desencadeado sábado pelo grupo islamita apontam para 1.300 mortes em Israel e 1.354 na Faixa de Gaza, indicaram hoje fontes oficiais das duas partes.

Em Israel, e segundo os últimos dados do Ministério da Saúde israelita, foram hospitalizadas 3.268 pessoas, das quais 28 em estado crítico, 348 em estado grave e 581 em estado moderado.

Do lado de Gaza, adianta o Ministério da Saúde palestiniano, além da morte de 1.354 pessoas, muitas delas civis, somam-se 6.049 feridos em diferentes estados, bem como 31 mortos na Cisjordânia, onde também foram contados cerca de 180 feridos.

Leia Também: AO MINUTO: Gaza sem combustível em poucas horas; N.º de mortos aumenta

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