Fugas no gasoduto entre Finlândia e Estónia são "alarmantes", diz Kremlin

O Kremlin manifestou hoje preocupação pelas fugas detetadas no domingo no gasoduto submarino Balticconector, entre a Finlândia e a Estónia, recordando o precedente "perigoso" da explosão dos gasodutos russos Nord Stream há quase um ano.

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Lusa
11/10/2023 11:52 ‧ 11/10/2023 por Lusa

Mundo

Rússia

"Não tenho informação técnica, não sei se os nossos serviços de inteligência a têm, mas sem dúvida, é uma notícia alarmante", afirmou o porta-voz da presidência russa, Dmitri Peskov, na sua conferência de imprensa diária.

"Já existem precedentes perigosos de ataques terroristas contra infraestruturas críticas no Báltico", adiantou, lembrando as explosões, no final de setembro de 2022, nos gasodutos russos Nord Stream 1 e Nord Stream 2, que transportavam gás da Rússia para a Alemanha através do fundo do mar do Báltico.

"Diante disto, naturalmente aguardaremos informações mais detalhadas", acrescentou.

No domingo, os operadores dos sistemas de gás finlandês e estónio informaram que tinham notado uma queda invulgar na pressão do gasoduto Balticconnector, após a qual interromperam o fluxo de gás, tendo o Presidente finlandês avançado, na terça-feira, que o gasoduto e um cabo de telecomunicações pareciam ter sido sabotados.

Os dois países afetados estão a realizar uma investigação, tendo o primeiro-ministro finlandês, Petteri Orpo, adiantado à imprensa que a fuga do gasoduto aconteceu na zona económica exclusiva da Finlândia.

O Governo da Estónia, por seu lado, afirmou na terça-feira que os danos sofridos pelo gasoduto submarino resultaram de uma ação mecânica de origem humana e não de uma explosão.

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, garantiu hoje que se se confirmar que a fuga no gasoduto submarino Balticconnector, entre a Finlândia e a Estónia, foi intencional, haverá "uma resposta unida e determinada" da organização.

O gasoduto Balticconnector, com 77 quilómetros de extensão, atravessa o Golfo da Finlândia, desde a cidade finlandesa de Inkoo até ao porto estoniano de Paldiski, numa infraestrutura bidirecional que transfere gás natural entre a Finlândia e a Estónia.

O gasoduto iniciou operações comerciais no início de 2020.

Leia Também: NATO promete "resposta" se se confirmar sabotagem em gasoduto

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