Uma mulher israelita e o marido foram feitos reféns de membros do Hamas na sua própria casa, em Ofakim, a propósito da ofensiva lançada no sábado por este grupo islâmico contra Israel. Durante 20 horas, a mulher conseguiu distrair os captores com bebidas e piadas, segundo contou à imprensa, na segunda-feira.
O casal foi atacado depois de as sirenes de alarme soarem, levando-os a dirigir-se para o abrigo antibombas da sua residência, disse Rahel Edri ao site israelita Walla, citado pelo Haaretz.
De acordo com a mulher, cinco homens partiram as janelas da casa, alegando ser a polícia. Falavam, contudo, em árabe, tendo forçado o casal a ir para o primeiro andar, além de terem destruído os seus telemóveis e vasculhado os seus armários.
“Apontaram-me uma arma e seguraram uma granada sobre a minha cabeça”, recordou Edri.
E continuou: "Disse que tinha de injetar insulina, tentando distraí-los do facto de que tenho filhos nas autoridades... Ofereci bebidas: Coca-Cola, água."
A mulher revelou que recorreu também ao humor para distrair os captores, enquanto aguardava por socorro.
“Disse-lhes, ‘ensino-vos hebraico, e vocês ensinam-me árabe’. Percebi que era uma questão de vida ou de morte”, lembrou.
Depois, por volta da meia-noite, o casal ouviu “as forças especiais” a chegar, temendo que os membros do Hamas pudessem disparar contra si.
“Em vez de nos matarem, os terroristas fugiram e esconderam-se até serem alvejados. Quero agradecer às autoridades. São os nossos heróis”, disse.
De notar que, depois do ataque surpresa do Hamas contra o território israelita, sob o nome 'Tempestade al-Aqsa', Israel bombardeou a partir do ar várias instalações daquele grupo armado na Faixa de Gaza, numa operação que denominou 'Espadas de Ferro'.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está "em guerra" com o Hamas, grupo considerado terrorista por Israel, pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE).
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