"Estou preparado". Sánchez inicia negociações para investidura amanhã
O Rei de Espanha propôs Pedro Sánchez como novo candidato a líder do governo. Socialista aceitou.
© THOMAS COEX/AFP via Getty Images
Mundo Espanha
Depois de o Rei de Espanha propor, esta terça-feira, Pedro Sánchez como novo candidato a primeiro-ministro, o líder do Partido Socialista espanhol (PSOE) surgiu no Palácio da Moncloa para anunciar que aceita o encargo de Felipe VI e que, a partir de amanhã, quarta-feira, iniciará negociações com os restantes partidos políticos para conseguir a investidura. Primeiramente, anunciou, irá reunir-se com a líder da Sumar, Yolanda Díaz.
"Estou preparado para trabalhar para formar o mais rapidamente possível um governo de coligação progressista entre o PSOE e a Sumar, com apoio parlamentar suficiente para garantir a estabilidade que o país necessita, e para continuar a promover políticas progressistas e de coexistência no quadro da Constituição espanhola", disse o líder socialista, citado pelo El País.
Sánchez adiantou que, durante as negociações, também irá dirigir-se ao Partido Popular (PP), mas não para "ganhar o seu apoio". "Seria algo que considero descabido conhecendo as suas posições políticas e as alianças municipais e territoriais que o PP de Feijóo está a fazer", disse.
Esta declaração surge em referência aos pactos do PP e do partido de extrema-direita Vox, com o qual Sánchez disse que não se irá reunir.
Recorde-se que após o fracasso da investidura de Feijóo como primeiro-ministro, Felipe VI levou a cabo uma nova ronda de audições com os partidos que conseguiram representação parlamentar nas eleições de 23 de julho e, como previsto, indiciou hoje o socialista Pedro Sánchez como novo candidato ao cargo.
Pedro Sánchez, que já foi primeiro-ministro na última legislatura, lidera o PSOE, o segundo mais votado nas legislativas, a seguir ao PP.
O socialista tem afirmado repetidamente que acredita ter condições para reunir os apoios necessários no parlamento para ser reconduzido no cargo de primeiro-ministro.
Sánchez diz que já demonstrou isso mesmo em 17 de agosto, quando os socialistas conseguiram ficar com a presidência do parlamento graças ao apoio dos partidos de esquerda e das forças nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.
O parlamento tem até 27 de novembro para eleger um novo chefe de governo e evitar uma repetição das eleições.
Espanha já repetiu eleições duas vezes, em 2016 e 2019, por nenhum candidato a primeiro-ministro ter sido aprovado pelo parlamento.
Leia Também: Rei de Espanha indica Sánchez como novo candidato a primeiro-ministro
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com