A justiça espanhola abriu um inquérito por "homicídio involuntário", na sequência do trágico incêndio que deflagrou, no domingo, numa zona de discotecas em Múrcia.
O Tribunal Superior da Região informou que o Tribunal de Instrução número 3 de Múrcia assumiu o processo por 13 crimes de homicídio involuntário. Uim juiz deste tribunal "será encarregado de dirigir a investigação a fim de esclarecer os factos e determinar, se necessário, as responsabilidades penais", refere um comunicado de imprensa.
O magistrado está "atualmente a aguardar a conclusão da identificação" das vítimas e os resultados das "autópsias" sendo que vai "informar o tribunal das causas e circunstâncias das mortes", diz ainda o mesmo documento.
Recorde-se que, ontem, a Câmara Municipal de Múrcia informou que as discotecas onde ocorreu o incêndio funcionavam sem licença e tinham ordem para fechar desde 2022.
Os gerentes do estabelecimento afirmaram que a discoteca "estava em ordem".
"Ninguém nos informou de que já não existia uma licença válida", declarou o advogado, Francisco Adan.
De acordo com o Procurador Regional de Múrcia, José Luis Díaz Manzanera, as penas neste caso podem ir até aos nove anos de prisão, "dado o elevado número de vítimas".
A investigação vai ter de determinar "se houve falta de medidas preventivas" contra os incêndios, disse Manzanera ao jornal local La Opinion de Múrcia.
"Também pode ter havido um curto-circuito que não foi causado por uma falta de prevenção", acrescentou.
[Notícia atualizada às 13h19]
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