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Nobel da Física para Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier

Pierre Agostini, da Universidade do Estado de Ohio, nos Estados Unidos, Ferenc Krausz, do Instituto Max Planck de Ótica Quântica e da Universidade Ludwig Maximilian de Munique, na Alemanha, e Anne L'Huillier, da Universidade de Lund, na Suécia, foram os cientistas distinguidos este ano.

Nobel da Física para Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier
Notícias ao Minuto

10:50 - 03/10/23 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Nobel da Física

O prémio Nobel da Física foi esta terça-feira atribuído a Pierre Agostini, Ferenc Krausz e Anne L’Huillier por observarem eletrões nos átomos na mais pequena fração de segundo. 

Os investigadores foram premiados por terem criado "impulsos de luz extremamente curtos que podem ser utilizados para medir os processos rápidos durante os quais os eletrões se movem ou mudam de energia", afirmou o júri.

Os progressos realizados pelos três físicos "permitiram explorar processos tão rápidos que anteriormente eram impossíveis de seguir", acrescentou.

Os três físicos conseguiram criar impulsos de luz na ordem dos 'attossegundos'. "Um 'attosegundo' é tão curto que há tantos num segundo como há segundos desde o nascimento do universo", refere a Real Academia Sueca.

Na opinião do júri, as experiências destes três físicos "deram à humanidade novas ferramentas para explorar o mundo dos eletrões no interior dos átomos e das moléculas".

"Demonstraram uma forma de criar impulsos de luz extremamente curtos que podem ser usados para medir os processos rápidos em que os eletrões se movem ou mudam de energia", sublinhou.

Anne L'Huillier, que ensina na Universidade de Lund, na Suécia, é a quinta mulher a ganhar o Prémio Nobel da Física desde 1901.

A cientista, citada pela agência France-Presse, disse que tinha recebido o telefonema do júri enquanto estava a dar uma palestra.

"Estou muito emocionada, não há muitas mulheres que tenham ganho o prémio, por isso é muito, muito especial", referiu.

Os Prémios Nobel têm um valor monetário de 11 milhões de coroas suecas (cerca de 950 mil euros). O dinheiro provém de um legado deixado pelo criador do prémio, o inventor sueco Alfred Nobel, que morreu em 1896.

No ano passado, três cientistas ganharam conjuntamente o prémio de física por terem provado que partículas minúsculas podiam manter uma ligação entre si mesmo quando separadas. O fenómeno chegou a ser posto em causa, mas está agora a ser explorado para potenciais aplicações no mundo real, como a encriptação de informação.

O prémio de física surge um dia depois de a húngara-americana Katalin Karikó e o americano Drew Weissman terem ganhado o prémio Nobel da medicina por descobertas que permitiram a criação de vacinas de mRNA contra a COVID-19.

Os anúncios do Nobel prosseguem com o prémio de química na quarta-feira e o prémio de literatura na quinta-feira. O Prémio Nobel da Paz será anunciado na sexta-feira e o da Economia no dia 9 de outubro.

Os laureados são convidados a receber os seus prémios nas cerimónias de 10 de dezembro, dia do aniversário da morte de Nobel. O prémio da paz é entregue em Oslo, cumprindo a vontade de Alfred Nobel, enquanto a cerimónia de entrega dos outros prémios tem lugar em Estocolmo.

[Notícia atualizada às 13h15]

Leia Também: Nobel da Medicina atribuído a Katalin e Drew, dois "heróis da pandemia"

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