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Espanha. Somar diz que acordo para executivo de esquerda está "longe"

A líder do Somar, uma plataforma de partidos da esquerda e extrema-esquerda espanhola, disse hoje que ainda está longe de alcançar um acordo com os socialistas para haver um novo governo em Espanha liderado por Pedro Sánchez.

Espanha. Somar diz que acordo para executivo de esquerda está "longe"

© Gabriel Luengas/Europa Press via Getty Images

Lusa
02/10/2023 19:07 ‧ há 2 anos por Lusa

"Estamos a negociar e, hoje, ainda estamos longe do acordo", disse Yolanda Díaz, numa conferência de imprensa em Madrid.

A também ministra do Trabalho e vice-presidente do último Governo espanhol, uma coligação do Partido Socialista (PSOE) com a plataforma Unidas Podemos (agora Somar) liderada por Sánchez, falava depois de ter sido recebida pelo Rei Felipe VI.

O monarca iniciou hoje uma nova ronda de consultas com os partidos representados no parlamento para indicar um novo candidato a primeiro-ministro, na sequência das eleições de 23 de julho e depois do chumbo, pelos deputados, na semana passada, do primeiro nome que indicou, o de Alberto Núñez Feijóo, presidente do Partido Popular (PP, direita).

"Comunicámos a nossa vontade de formar um governo progressista presidido pelo senhor Sánchez, mas também comunicámos ao Rei que estamos a negociar e que, hoje, ainda estamos longe do acordo", disse Yolanda Díaz.

Sem querer avançar detalhes, Yolanda Díaz defendeu que as negociações devem ter "discrição, responsabilidade e muito diálogo".

"Nunca me levanto de uma mesa [de negociação] e, portanto, sem qualquer dúvida, vamos formar um governo progressista, mas insisto, estamos longe", afirmou.

Pedro Sánchez e Yolanda Díaz assumiram na campanha eleitoral o objetivo de fazerem uma coligação PSOE/Somar para governar Espanha, mas precisam de mais apoios parlamentares para verem o executivo viabilizado, nomeadamente, de um conjunto e partidos nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.

Sobre as negociações com os independentistas catalães, que fazem as maiores exigências, Yolanda Díaz rejeitou fazer comentários, insistindo na necessidade de discrição para as conversas serem bem-sucedidas.

Ao contrário do PSOE, o Somar já defendeu publicamente a amnistia para os envolvidos na tentativa de autodeterminação da Catalunha em 2017, uma das exigências dos partidos independentistas.

Estes partidos pedem também que se abra a possibilidade de um referendo sobre a independência da região.

Além do Somar, Felipe VI ouviu hoje a Coligação Canária, a União do Povo Navarro, o Partido Nacionalista Basco e o partido de extrema-direita VOX.

A ronda de audições do monarca termina na terça-feira com o PSOE e o PP.

Quatro partidos independentistas da Galiza, País Basco e Catalunha não participam nas rondas com o Rei por não lhe reconhecerem legitimidade como chefe de Estado.

O PP foi o partido mais votado nas eleições de 23 de julho e o Rei indicou, em agosto, Alberto Núñez Feijóo, o líder dos populares, como candidato a primeiro-ministro, mas a investidura foi rejeitada pelos deputados na sexta-feira passada, com 177 votos contra dos 350 que têm assento no parlamento.

O novo candidato indicado pelo Rei será, previsivelmente, Pedro Sánchez, que já disse estar disponível e que acredita ter condições para reunir os apoios necessários no parlamento para ser reconduzido no cargo de primeiro-ministro.

Sánchez diz que já demonstrou isso mesmo em 17 de agosto, quando os socialistas conseguiram ficar com a presidência do parlamento graças ao apoio dos partidos de esquerda e das forças nacionalistas e independentistas da Catalunha, Galiza e País Basco.

O Congresso dos Deputados tem até 27 de novembro para eleger um novo chefe de Governo e assim evitar uma repetição das eleições.

Espanha já repetiu eleições duas vezes, em 2016 e 2019, por nenhum candidato a primeiro-ministro ter sido aprovado pelo parlamento.

Leia Também: Espanha. Deputada canária que apoiou Feijóo admite viabilizar Sánchez

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