Von der Leyen realça trabalho pioneiro de vencedores do Nobel da Medicina
A presidente da Comissão Europeia congratulou hoje os vencedores do prémio Nobel da Medicina, Katalin Karikó e Drew Weissman, destacando o seu "trabalho pioneiro" em descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a covid-19.
© REUTERS/Yara Nardi
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A presidente da Comissão Europeia congratulou hoje os vencedores do prémio Nobel da Medicina, Katalin Karikó e Drew Weissman, destacando o seu "trabalho pioneiro" em descobertas que permitiram o desenvolvimento de vacinas mRNA eficazes contra a covid-19.
"Parabéns a Katalin Karikó, da Hungria, e a Drew Weissman, dos Estados Unidos, pela atribuição do Prémio Nobel. O seu trabalho pioneiro abriu caminho para as vacinas mRNA", escreveu Ursula von der Leyen numa publicação na rede social X (antigo Twitter), salientando que "este reconhecimento mostra o papel crucial da ciência na luta contra a covid-19 e na libertação do mundo da pandemia".
A cientista húngara Katalin Karikó é professora na Universidade de Sagan, na Hungria, e professora adjunta na Universidade da Pensilvânia. O médico e investigador norte-americano Drew Weissman realizou a sua investigação premiada juntamente com Karikó na Universidade da Pensilvânia, adiantou o secretário da Assembleia do Nobel, Thomas Perlmann, que anunciou o prémio em Estocolmo.
"As descobertas dos dois vencedores do Nobel foram fundamentais para o desenvolvimento de vacinas eficazes de mRNA eficazes contra a covid-19 durante a pandemia que começou no início de 2020. Através das suas descobertas inovadoras, que alteraram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos", afirmou em comunicado a Assembleia do Nobel.
Os dois investigadores observaram que as células dendríticas reconhecem o mRNA 'in vitro' como uma substância estranha, o que leva à sua ativação e à libertação de moléculas de sinalização inflamatória. Questionaram porque é que o mRNA transcrito 'in vitro' era reconhecido como estranho, enquanto o mRNA de células de mamíferos não provocava mesma reação.
Na investigação, produziram diferentes variantes de mRNA, cada uma com alterações químicas únicas nas suas bases, que entregaram às células dendríticas. "Os resultados foram surpreendentes: a reação inflamatória foi quase abolida quando as modificações de base foram incluídas no mRNA", salienta o comunicado.
"Esta foi uma mudança de paradigma na compreensão de como as células reconhecem e respondem a diferentes formas de mRNA. Karikó e Weissman compreenderam imediatamente que a sua descoberta tinha um significado profundo para a utilização do mRNA como terapia", acrescenta.
Estes resultados foram publicados em 2005, quinze anos antes da pandemia da pandemia de covid-19.
Este é o primeiro dos Nobel a ser anunciado, seguindo-se nos próximos dias os galardões relativos à Física, Química, Literatura, Paz e Economia.
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