O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou, esta sexta-feira, que os reclusos russos que morreram a combater na Ucrânia "redimiram-se completamente" perante a sociedade, revelou a agência de notícias russa RIA Novosti.
Numa reunião com os militares russos que combateram na linha da frente na aldeia ucraniana de Urozhaine, na região de Donetsk, Putin fez questão de enaltecer a "coragem e heroísmo" dos soldados e lembrou também "os voluntários das colónias [prisões] que ingressaram nas Forças Armadas"
"Toda a gente pode cometer alguns erros, eles cometeram um dia. Mas eles deram as suas vidas pela pátria e redimiram-se completamente", frisou, pedindo que se fizesse um minuto de silêncio pelos russos mortos na guerra.
"Iremos fazer de tudo para prestar assistência aos seus entes queridos, sem qualquer dúvida", garantiu.
A Rússia, recorde-se, começou a recrutar voluntários para a guerra na Ucrânia nas prisões poucos meses após o início da invasão, em troca de amnistia. Inicialmente o recrutamento foi feito através do grupo de mercenários Wagner.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que quase dez mil civis morreram e mais de 17 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
Leia Também: Putin discute formação de "unidades voluntárias" com Wagner