O anúncio da expulsão de Travis King, sem referência a data e local, seguiu-se ao fim do interrogatório do militar, disse a KCNA, segundo a agência norte-americana AP.
King confessou ter entrado ilegalmente na Coreia do Norte porque nutria "um mau sentimento contra os maus-tratos desumanos e a discriminação racial" no seio do exército dos Estados Unidos, segundo a KCNA.
Também alegou que estava "desiludido com a desigualdade da sociedade norte-americana", acrescentou.
A AP disse ser impossível verificar a autenticidade dos comentários atribuídos pela KCNA a King, que integrava o contingente norte-americano na Coreia do Sul.
O militar entrou na Coreia do Norte quando fazia uma visita civil a uma aldeia fronteiriça, em 18 de julho, tornando-se o primeiro cidadãos dos Estados Unidos a ser detido no Norte em quase cinco anos.
Na altura em que se juntou à visita civil e atravessou a fronteira, deveria estar a caminho de Fort Bliss, no Texas, depois de ter sido libertado de uma prisão sul-coreana devido a uma condenação por agressão.
Após semanas de silêncio, a Coreia do Norte confirmou em agosto que tinha detido King e que estava a investigar as circunstâncias da sua entrada no país.
Na altura, o comando da força multinacional da ONU na Coreia do Sul anunciou que a questão era objeto de "discussões com o Exército Popular da Coreia [do Norte] através do mecanismo do acordo de armistício".
O acordo em causa permitiu cessar as hostilidades na Guerra da Coreia (1950-1953), que opôs uma força internacional autorizada pela ONU, liderada pelos Estados Unidos, a forças norte-coreanas com apoio da China e da então União Soviética.
A Coreia do Norte e a Coreia do Sul permanecem tecnicamente em guerra porque nunca assinaram um tratado de paz, mas apenas um acordo para cessar os combates.
A maior parte da fronteira entre os dois países asiáticos é fortificada.
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