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Biden junta-se a greve de trabalhadores da indústria automóvel. Há fotos

Momento foi considerado como uma das maiores aproximações de sempre de um presidente em funções aos sindicatos e possivelmente a primeira vez que um líder dos EUA se juntou a uma greve.

Notícias ao Minuto

19:47 - 26/09/23 por Notícias ao Minuto

Mundo Joe Biden

Os últimos meses nos EUA têm sido marcados por greves de dimensões históricas, desde os serviços postais, aos argumentistas e atores, aos trabalhadores do ramo automóvel. Ao 12.º dia de greve, os funcionários da indústria automóvel no estado do Michigan receberam a visita de Joe Biden, que procurou dar a mão aos sindicatos e aos movimentos dos trabalhadores esta terça-feira.

Na chegada ao Michigan, Biden foi recebido pelo presidente do principal sindicato da indústria, o UAW, que depois se juntou a Biden na sua longa comitiva presidencial.

A Associated Press e vários outros órgãos norte-americanos notaram a natureza inédita desta aproximação de um presidente dos Estados Unidos a qualquer sindicato. Franklin D. Roosevelt e Harry Truman eram bastante próximos dos sindicatos, mas não há registo de alguma vez um presidente em funções ter-se juntado presencialmente a uma greve e desfile reivindicativo.

Um especialista em história laboral nos EUA explicou à agência de notícias que, embora Biden já tenha um historial de desfilar em greves durante campanhas eleitorais, o ato de o fazer enquanto detentor da Casa Branca é "sem precedentes". "Os presidentes historicamente, evitam participação direta em greves. Veem-se mais como mediadores", esclareceu Erik Loomis, da universidade de Rhode Island.

O protesto ocorreu à entrada do armazém de distribuição de componentes da General Motors, nos subúrbios de Detroit, onde os funcionários têm cantado "No deal, no wheels!" (do inglês "não há acordo, não há rodas" e "No pay, no parts!" ("Não há salário, não há componentes").

De megafone em punho e boné do sindicato na cabeça, o presidente recordou que o UAW "salvou a indústria automóvel" durante a crise de 2009 e, se as empresas estão "incrivelmente bem, vocês também deviam estar incrivelmente bem".

"Wall Street não construiu este país; a classe média construiu este país, e os sindicatos construíram a classe média. Isso é um facto. Vocês merecem o que conquistaram e merecem muito mais do que o que estão a ser pagos", reiterou Biden, que também já demonstrou o seu apoio à greve dos argumentistas na indústria cinematográfica e às exigências dos estafetas e funcionários da Amazon, que pedem melhores condições laborais.

A visita de Biden ao protesto do UAW surge antes de Donald Trump, o seu principal rival no Partido Republicano, fazer o mesmo em Detroit. O único problema é que o discurso de Trump será, certamente, muito menos bem visto da parte dos sindicatos, que o acusam de ter intensificado as disputas laborais com os patrões durante o seu mandato e que já vieram afirmar que o ex-presidente extremista não é um aliado.

Leia Também: Biden acusa republicanos extremistas de ameaçar paralisar governo federal

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