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Macron e Meloni reúnem-se com crise migratória na agenda

O Presidente francês, Emmanuel Macron, reuniu-se hoje em Roma com a chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, em pleno debate europeu sobre a questão das migrações.

Macron e Meloni reúnem-se com crise migratória na agenda
Notícias ao Minuto

14:25 - 26/09/23 por Lusa

Mundo Migrações

Macron, que tinha recebido Meloni em junho em Paris, participou hoje de manhã no funeral do ex-Presidente italiano Giorgio Napolitano. Posteriormente, os dois líderes chegaram juntos ao Palazzo Chigi, sede do Governo, para uma reunião.

Não está prevista qualquer conferência de imprensa após o encontro, segundo fontes próximas dos dois líderes, citadas pelas agências internacionais.

Macron e Meloni fizeram recentemente várias declarações de apaziguamento e de vontade de trabalhar em conjunto para gerir o fluxo de migrantes irregulares em direção à Europa, nomeadamente após a chegada, em meados de setembro, de milhares de pessoas à pequena ilha italiana de Lampedusa, no Mediterrâneo.

Durante o mês de setembro, a pequena ilha de Lampedusa atingiu recordes históricos ao nível das chegadas de imigrantes irregulares. Em apenas três dias, chegaram cerca de 10 mil migrantes à ilha siciliana.

"Não podemos deixar os italianos sozinhos", disse, no domingo à noite, Emmanuel Macron, dando sinais de solidariedade para com os problemas do Governo italiano em enfrentar a pressão migratória.

Macron e Meloni voltarão a reunir-se na sexta-feira em Malta, por ocasião da 10.ª cimeira dos países do sul da União Europeia (UE).

O número de chegadas a Itália em embarcações provenientes do norte de África aumentou nos últimos meses, com mais de 133.000 migrantes registados até agora este ano, um número expressivo quando comparado com os 70.000 contabilizados no mesmo período de 2022.

No entanto, os números ainda não ultrapassaram os de 2016, quando mais de 181 mil pessoas, muitas delas sírias que fugiam da guerra, chegaram às costas italianas.

Itália, a par da Grécia, Espanha ou Malta, é um dos países da "linha da frente" ao nível das chegadas de migrantes irregulares à Europa.

O país está integrado na chamada rota do Mediterrâneo Central, encarada como uma das mais mortais, que sai da Tunísia, Argélia e da Líbia em direção ao território italiano, em particular à ilha de Lampedusa, e a Malta.

As relações entre Paris e Roma ficaram tensas em novembro de 2022, quando Itália se recusou a acolher o navio humanitário "Ocean Viking" e os 230 migrantes que estavam a bordo.

As autoridades francesas acabaram por permitir que a embarcação humanitária atracasse no porto de Toulon e denunciaram um comportamento "inaceitável" por parte de Roma.

Meloni, líder do partido Irmãos de Itália (Fratelli d'Italia), tem criticado os outros países europeus por não fazerem a sua parte no acolhimento de migrantes.

A convite da líder italiana, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, visitou no passado dia 17 de setembro a ilha de Lampedusa. Na ocasião, a líder do executivo comunitário apresentou um plano de ação composto por 10 pontos para enfrentar a imigração irregular.

Leia Também: Rentrée política em França marcada por migrações e sucessão de Macron

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