A representação diplomática de Cuba em Washington D.C. foi atingida no domingo por um cocktail molotov, com o ministro dos Negócios Estrangeiros do governo cubano a considerar o incidente como um "ataque terrorista".
O instrumento não causou danos significativos na embaixada e não foram registados quaisquer feridos. O alerta surgiu por volta das 20h00.
Um porta-voz dos serviços secretos norte-americanos afirmou à Associated Press que houve um alerta devido a um "possível objeto incendiário", numa rua muito movimentada. Não foram feitas quaisquer detenções nem identificados suspeitos.
Através da rede social X, conhecida anteriormente como Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodriguez, disse que a embaixada de Cuba fora "alvo de um ataque terrorista por um indivíduo que atirou dois cocktails molotov", contrariamente ao que apontaram as autoridades.
in Washington since April, 2020. Back then, an individual shot several rounds against the embassy using an assault rifle.
— Bruno Rodríguez P (@BrunoRguezP) September 25, 2023
The anti-Cuban groups resort to terrorism when feeling they enjoy impunity, something that #Cuba has repeatedly warned the US authorities about.
O incidente surge pouco depois de o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel - que chegou ao poder depois da liderança dos irmãos Castro desde os anos 50 do regime comunista - ter aproveitado a Assembleia Geral da ONU para defender o fim do bloqueio imposto pelos EUA à ilha.
Este não é o primeiro incidente na embaixada cubana em Washington D.C., a capital norte-americana. Em 2020, um homem que tinha pedido asilo abriu fogo com uma arma semiautomática, disparando mais de 30 tiros e deixando o edifício muito danificado. As balas inclusive perfuraram uma estátua de Jose Marti, um herói nacional cubano, que estava no interior.
A representação diplomática de Cuba nos EUA foi consolidada numa embaixada permanente depois de uma aproximação entre os governos de Barack Obama e Raul Castro, em 2015.
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