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Nagorno-Karabakh: Baku anuncia envio de bens essenciais para o enclave

O Azerbaijão vai enviar alimentos e ajuda humanitária para o enclave de Nagorno-Karabakh, dois dias depois de o governo separatista de origem arménia ter exigido um cessar-fogo.

Nagorno-Karabakh: Baku anuncia envio de bens essenciais para o enclave
Notícias ao Minuto

12:14 - 22/09/23 por Lusa

Mundo Azerbaijão

Os 120 mil habitantes do Nagorno-Karabakh têm sofrido uma grave escassez de alimentos e de medicamentos desde o final do ano passado, quando começou o bloqueio da principal estrada que liga a região à Arménia.

Na terça-feira, o Exército do Azerbaijão lançou um ataque sobre as posições arménias, classificando a ação como "operação antiterrorista", exigindo que os arménios deponham as armas e que o governo separatista (no poder 'de facto' desde 1994) se dissolva.

Um dia depois, as autoridades do Nagorno-Karabakh concordaram com as exigências militares, mas as conversações sobre a forma como a região pode vir a ser integrada no Azerbaijão não foram conclusivas. 

O primeiro-ministro da Arménia, Nikol Pashinyan, afirmou hoje, numa reunião governamental, que não havia necessidade imediata de os arménios da região abandonarem as casas onde residem, mas frisou que a Arménia está preparada para receber 40 mil deslocados, caso seja necessário.

O Governo do Azerbaijão indicou hoje que dois camiões com vinte toneladas de alimentos e produtos de higiene, bem como dois camiões com pão, foram enviados para o Nagorno-Karabakh, viajando na estrada de Aghdam (leste).

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão, Jeyhun Bayramov, afirmou na quinta-feira, nas Nações Unidas, que o país está determinado em garantir aos residentes do Nagorno-Karabakh "todos os direitos e liberdades", em conformidade com a Constituição e com as obrigações internacionais em matéria de direitos humanos, incluindo a proteção das minorias étnicas.

As conversações sobre a situação Nagorno-Karabakh na cidade azerbaijanesa de Yevlakh vão continuar, acrescentou o ministro azeri.

O Nagorno-Karabakh ficou sob o controlo de forças de origem arménia apoiadas pelo Exército de Erevan em combates separatistas que terminaram em 1994.

As forças arménias também assumiram, na altura, o controlo de um território substancial em torno da região do Azerbaijão.

Em 2020, o Azerbaijão recuperou o controlo do território circundante numa guerra de seis semanas com a Arménia.

Um armistício mediado pela Rússia pôs fim à guerra tendo enviado para a região um contingente de dois mil soldados russos com uma missão de manutenção da paz e para monitorizar a situação.

O acordo deixou a cidade que é considerada capital da região montanhosa - Stepanakert -, ligada à Arménia apenas pelo corredor de Lachin, ao longo do qual as forças de manutenção da paz russas deveriam assegurar a livre circulação.

Mesmo assim, o bloqueio do Azerbaijão privou o Nagorno-Karabakh de fornecimentos básicos durante os últimos dez meses.

Na passada segunda-feira, o Comité Internacional da Cruz Vermelha conseguiu fazer a primeira entrega de bens essenciais através de Lachin.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros da Arménia, Ararat Mirzoyan, afirmou na ONU que a ofensiva do Azerbaijão, esta semana, visou infra-estruturas como centrais elétricas, cabos telefónicos e equipamento de internet.

Segundo o Governo de Erevan, nos últimos combates morreram 200 pessoas e 400 ficaram feridas, incluindo mulheres e crianças.

As tropas do Azerbaijão controlam as principais estradas do Nagorno-Karabakh, o que torna impossível visitar e obter informações no terreno", afirmou ainda o chefe da diplomacia de Erevan.

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