ONU. Venezuela propõe aliança de países que escapem a sanções de EUA e UE
A Venezuela comparou hoje as sanções económicas impostas pelos Estados Unidos a "armas de destruição em massa" e propôs, na ONU, formar uma aliança internacional de países que escapem a estas medidas coercivas.
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Mundo Venezuela
O Governo venezuelano apresentou, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o "mapa geopolítico de sanções", uma ferramenta digital para consultar as sanções que 30 países receberam dos EUA e da União Europeia (UE).
Representantes da Rússia, China, Irão, Cuba, Nicarágua, Bielorrússia e Eritreia, todos sob sanções ocidentais, felicitaram a Venezuela pela sua iniciativa.
O embaixador venezuelano na ONU, Samuel Moncada, realçou durante um fórum que este tipo de sanções são ferramentas "de controlo de nações fracas por nações que têm uma posição dominante no sistema económico mundial".
Denunciou também que são "armas de destruição em massa" porque "atrasam o desenvolvimento de povos e nações inteiras", especialmente das pessoas mais vulneráveis, como as crianças, os idosos e os doentes.
Por isso, o diplomata venezuelano propôs a formação de uma "zona livre de sanções internacionais", que seria composta por "países que discordam" destas medidas.
A Rússia, um país fortemente sancionado pela invasão da Ucrânia, tem defendido nos últimos meses um discurso contra estas medidas, cujas principais vítimas são os seus aliados e tendem a ser os países em desenvolvimento.
No evento organizado pela Venezuela, o representante da missão russa, Dmitri Chumakov, sublinhou que "é preciso aumentar a pressão" sobre o secretário-geral da ONU, António Guterres, para monitorizar o impacto das sanções.
"Se precisamos de proteger os interesses das populações vulneráveis em desenvolvimento, devemos estar comprometidos com esta causa", destacou.
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