O general Randy George foi hoje confirmado como chefe do Estado-Maior do Exército e espera-se que o general Eric Smith seja confirmado como comandante da unidade de Fuzileiros Navais antes do final do dia.
Na quarta-feira, o Senado confirmou o general CQ Brown como o próximo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, colocando-o na posição de suceder ao general Mark Milley quando este se aposentar, no final deste mês.
Os democratas ainda estão a tentar contornar os obstáculos colocados a mais de 300 nomeações pelo senador republicano do Estado do Alabama Tommy Tuberville, por causa da política de aborto do Departamento da Defesa.
Tuberville tem estado a bloquear o procedimento de rotina do Senado de aprovação das nomeações militares em grupo, obrigando os democratas a apresentarem as nomeações uma a uma - um processo que pode demorar meses e causar atrasos noutras matérias prioritárias.
Normalmente, o Senado procede a votações nominais para confirmar os altos dirigentes do Pentágono, como Brown, George e Smith. Mas as promoções e nomeações de escalões inferiores são sempre aprovadas em grandes grupos por unanimidade, o que significa que não há objeções dos senadores.
Tuberville quebrou essa tradição ao opor-se e disse que continuará a opor-se a menos que o Pentágono reverta a sua nova política de pagar as viagens quando um militar tem de sair do Estado onde se encontra para realizar um aborto ou ter acesso a outros cuidados de saúde reprodutiva.
Uma série de oficiais pronunciou-se sobre os prejuízos dos atrasos para os militares de todos os níveis. Embora as obstruções de Tuberville se concentrem em todos os generais, os atrasos estão a bloquear as oportunidades de ascensão de oficiais mais jovens.
"O facto de o senador Tuberville continuar a reter centenas de líderes militares da nossa nação põe em perigo a nossa segurança nacional e a prontidão militar", afirmou o secretário da Defesa, Lloyd Austin, na quarta-feira, após a confirmação de Brown.
"Já é mais que tempo de se confirmar os mais de 300 outros militares nomeados", acrescentou.
O atual chefe do Estado-Maior das Forças Armadas afirmou no mês passado que este impasse poderia dar aos adversários dos Estados Unidos a impressão "errada" de que o país se encontrava numa situação "de divisão interna, de instabilidade, de confusão e de fricção ao mais alto nível das Forças Armadas".
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