Vários esqueletos humanos que remontam a milénios antes de Cristo (aC) foram desenterrados de uma caverna da Andaluzia, em Espanha, revelando alguns segredos de como os nossos antepassados viveram e morreram.
O estudo, publicado na quarta-feira na revista PloS One, sugere que os ancestrais da Península Ibérica enterravam os mortos em cavernas e voltavam cerca de um ano depois para levar algumas partes dos corpos que, posteriormente, eram utilizados como ferramentas ou mesmo alimentos.
De acordo com a publicação, os antropólogos encontraram na Cueva de los Marmoles, por exemplo, um copo feito com um crânio humano e uma ferramenta de trabalho construida através de uma tíbia, assim como outros pertences dos, pelo menos, 12 indivíduos que foram ali enterrados. Os achados datam do 5.º ao 2.º milénio aC.
"Traços antropológicos nos restos mortais – fraturas mais recentes que a morte, modificações no canal medular e marcas de raspagens – sugerem a sua fragmentação intencional, limpeza de tecidos moles residuais e, em alguns casos, reutilização", escreveram os investigadores no estudo realizado pela universidade espalhola de Córdoba em parceria com a universidade suíça de Berna.
Os restos mortais encontrados na Cueva de los Marmoles estão atualmente guardados no Museu Histórico Municipal de Priego, em Córdoba. As descobertas continuam a ser alvo de estudo, uma vez que ainda há muitas questões por responder sobre estes rituais fúnebres dos nossos antepassados, segundo os antropólogos.
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