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Presidente sírio visita China no final desta semana

O presidente sírio, Bashar al-Assad, vai visitar a China no final desta semana, na sua primeira visita a Pequim desde o início da guerra civil na Síria, há 12 anos, informou hoje o seu gabinete.

Presidente sírio visita China no final desta semana
Notícias ao Minuto

08:19 - 20/09/23 por Lusa

Mundo Síria/China

A China está a expandir a sua influência no Médio Oriente, após ter mediado um acordo, em março, entre a Arábia Saudita e o Irão. O país asiático continua a apoiar Assad no conflito sírio, que matou meio milhão de pessoas e deixou parte do país em ruína.

A China poderá desempenhar um papel importante, no futuro, na reconstrução da Síria, que deverá custar dezenas de milhares de milhões de dólares. O país do Médio Oriente aderiu, no ano passado, à iniciativa "Uma faixa, uma rota", um megaprojeto de infraestruturas lançado por Pequim que visa expandir a sua influência através da construção de portos, linhas ferroviárias ou autoestradas.

O gabinete de Assad disse que o líder sírio foi convidado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, para visitar a China, sendo que vai viajar na quinta-feira para Pequim, junto com uma delegação síria de alto nível.

O agravamento da crise económica na Síria levou a protestos em partes do país controladas pelo governo, principalmente na província meridional de Sweida. A Síria atribuiu a crise às sanções ocidentais e aos combatentes liderados pelos curdos, que controlam os maiores campos petrolíferos do país, no leste, perto da fronteira com o Iraque.

Os contactos diplomáticos entre a Síria e outros países árabes intensificaram-se após o terramoto de 6 de fevereiro que atingiu a Turquia e a Síria, matando mais de 50 mil pessoas, incluindo mais de seis mil na Síria. Assad voou para a Arábia Saudita em maio, onde participou na cimeira da Liga Árabe, dias depois de a Síria ter sido reintegrada na liga, que tem 22 membros.

Desde que o conflito na Síria começou em março de 2011 com protestos pró-democracia e mais tarde se transformou numa guerra civil, o Irão e a Rússia ajudaram Assad a recuperar o controlo de grande parte do país.

A China usou o seu poder de veto na ONU oito vezes para impedir resoluções contra o governo de Assad, a última delas em julho de 2020. As autoridades chinesas também coordenam estreitamente com os serviços de segurança sírios a presença de milhares de combatentes da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur baseados na Síria, principalmente no último reduto rebelde na província de Idlib, no noroeste.

Desde 2013, milhares de uigures viajaram para a Síria para treinar com o grupo militante uigur Partido Islâmico do Turquistão e lutar ao lado da Al-Qaeda, desempenhando papéis importantes em diversas batalhas.

A última e única visita de Assad à China foi em 2004, um ano depois da invasão do Iraque, liderada pelos EUA, e numa altura em que Washington pressionava a Síria.

Nos últimos anos, Assad fez várias viagens ao estrangeiro, incluindo visitas à Rússia, Irão, Emirados Árabes Unidos e Omã.

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