Estudante suspenso por usar rastas. Escola diz violar código de vestuário
Os funcionários da escola justificaram a decisão dizendo que as rastas que usa, mesmo que presas no cimo da cabeça em forma de rolo, caíam abaixo das sobrancelhas e dos lóbulos das orelhas.

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Mundo EUA
Logo depois de começar o seu primeiro ano, no mês passado, na Barbers Hill High School, em Mont Belvieu, Texas, Estados Unidos, Darryl George foi suspenso e separado da turma por causa da maneira como usa o cabelo, disseram a mãe e o advogado.
Os funcionários da escola justificaram a decisão dizendo que as 'rastas' que usa, mesmo que presas no cimo da cabeça em forma de rolo, caíam abaixo das sobrancelhas e dos lóbulos das orelhas e violavam o código de vestuário do distrito, noticia a Associated Press.
Darryl, de 17 anos, passa agora o dia "sentado num banquinho durante oito horas num cubículo", referiu a mãe, acrescentando que "é muito desconfortável". "Todos os dias ele volta para casa e diz que lhe doem as costas porque tinha de se sentar num banquinho", afirmou ainda.
O incidente recorda os debates sobre a discriminação em relação ao cabelo nas escolas e no local de trabalho e já está a pôr à prova a Lei Crown, recentemente promulgada no estado, que entrou em vigor a 1 de setembro.
A lei, um acrónimo de 'Create a Respectful and Open World for Natural Hair' ('Criar um Mundo Respeitoso e Aberto para o Cabelo Natural', em tradução livre), destina-se a proibir a discriminação baseada na raça e impede os empregadores e as escolas de penalizarem as pessoas devido à textura do cabelo ou a penteados, incluindo africanos, como tranças ou rastas. O Texas é um dos 24 estados norte-americanos que adotaram uma versão da Lei Crown.
A Barbers Hill High School proíbe os alunos do sexo masculino de terem cabelo abaixo das sobrancelhas, dos lóbulos das orelhas ou da parte superior do colarinho de uma t-shirt, de acordo com o manual do aluno. Além disso, o cabelo de todos os alunos deve estar limpo, bem arranjado, geométrico e não ter uma cor ou variação não natural. A escola não exige, no entanto, uniformes.
A instituição defende que o seu código de vestuário se destina a "ensinar a limpeza e a higiene, incutir disciplina, prevenir perturbações, evitar riscos de segurança e ensinar o respeito pela autoridade".
Aquele local de ensino já tinha entrado em conflito com outro aluno por causa do código de vestuário. Os funcionários da Barbers Hill disseram a um aluno que tinha de cortar as suas 'rastas' para regressar à escola ou participar na cerimónia de graduação em 2020, o que atraiu a atenção nacional.
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