Cerca de um ano antes do início da Segunda Guerra Mundial, um peixe australiano de água doce foi transportado para os Estados Unidos para o Aquário Steinhart, na Califórnia, que é a sua casa há quase 85 anos.
Agora, através de "análises de ADN de ponta", segundo o Miami Herald, os investigadores da Academia de Ciências da Califórnia concluíram que é "o peixe vivo de água doce mais velho do mundo a viver num aquário".
De acordo com o comunicado desta academia, enviado à imprensa norte-americana na segunda-feira, 18 de setembro, Matusalém, como é chamado o peixe-casulo australiano, tem, pelo menos, 92 anos.
Na altura em que foi enviado para os EUA, em novembro de 1938, era impossível determinar a sua idade, por isso, conseguir chegar a esta conclusão, é algo "incrivelmente emocionante", como descreveu o responsável da comunicação do aquário.
Conta ainda Charles Delbeek que Matusalém tornou-se, ao longo dos anos, "um importante embaixador da sua espécie", "despertando curiosidade de visitantes de todo o mundo" devido à "personalidade encantadora e ao gosto por massagens na barriga".
"Impacto" este que vai agora ainda mais além do que "encantar os visitantes do aquário", uma vez que a descoberta da sua idade vai ajudar a "aprofundar a compreensão da biodiversidade e do que as espécies precisam para sobreviver e prosperar".
O peixe-casulo australiano é uma espécie nativa de "alguns rios de Queensland" que existe há milhões de anos.
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