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Criticada inclusão de ruínas de Tel es Sultan como Património Mundial

Israel classificou hoje de "distorcida" a decisão da UNESCO de registar como Património Mundial as ruínas pré-históricas de Tel es Sultan, na cidade palestiniana de Jericó, considerada a cidade mais antiga do mundo, localizada no território ocupado da Cisjordânia.

Criticada inclusão de ruínas de Tel es Sultan como Património Mundial
Notícias ao Minuto

23:58 - 17/09/23 por Lusa

Mundo UNESCO

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, a decisão de hoje não é equilibrada, representa "mais um sinal da utilização cínica da UNESCO pelos palestinianos" e é mais um indicador "da politização da organização".

Perante isto, "Israel agirá para mudar as decisões distorcidas que foram tomadas", adianta.

Ao mesmo tempo, criticou que a inscrição deste local - uma iniciativa palestiniana - esteja a ser separada de outros locais históricos judaicos e cristãos da região, no que é interpretado como uma reclamação de Israel pelo facto de considerar que os palestinianos estão impondo a sua própria versão e narrativa da história.

O comité de 21 membros da UNESCO aprovou esta manhã o registo de Tel es Sultan como Património Mundial, durante a convenção anual da UNESCO em Riade.

Este lugar, localizado a dois quilómetros do centro da atual Jericó, uma cidade sob frágil autogoverno da Autoridade Nacional Palestiniana (PNA), é o terceiro lugar na Cisjordânia - uma região ocupada por Israel desde 1967 - a receber tal reconhecimento, depois da Basílica da Natividade e do percurso de peregrinação, em Belém.

A delegação palestiniana presente na convenção saudou a decisão de dar maior valor a este local do Vale do Jordão, um monte oval de terra contendo depósitos pré-históricos de atividade humana e a sua história que remonta a 10.000 anos, o que fez de Jericó a cidade permanentemente habitada mais antiga do mundo.

Israel deixou oficialmente a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) em 2019, dizendo que aquela tinha um preconceito contra Israel e diminuía o valor da ligação histórica judaica com a Terra Santa.

No entanto, ainda envia representantes ao Comité do Património Mundial, como aconteceu desta vez em Riade.

Um grupo de locais judaicos medievais na cidade de Erfurt, no leste da Alemanha, foi também hoje nomeado como Património Mundial, sendo esta a segunda vez que a herança judaica na Alemanha foi adicionada à lista nos últimos anos.

Entre os edifícios incluídos na nova designação estão a Antiga Sinagoga de Erfurt, um edifício de pedra do século XIII que ilustra a vida familiar judaica na era medieval, e um tradicional banho ritual, ou mikveh.

Hoje também, mais de 50 caravançarais, grandes pousadas abertas nas estradas históricas do Irão, foram incluídas na lista do património mundial da UNESCO.

O Monte Pelé e os picos do norte da Martinica, um dos territórios ultramarinos franceses, foram classificados no sábado também como património mundial da UNESCO em Riade (Arábia Saudita).

O Monte Pelé e os picos do norte - um complexo montanhoso de origem vulcânica - cobrem 13.980 hectares da superfície da ilha localizada no coração do arquipélago caribenho, ou 12% do território da Martinica.

Com este registo, Martinica adquire o seu terceiro selo Unesco em dois anos, depois do de reserva da biosfera e do atribuído às "boas práticas de salvaguarda do património imaterial" no que diz respeito ao esquife redondo, barco tradicional.

As decisões foram tomadas na reunião do Comité do Património Mundial da ONU que decorreu em Riade, na Arábia Saudita, sob os auspícios da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO.

Leia Também: Ruínas pré-históricas de Jericó inscritas como Património da Humanidade

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