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Ativistas na Europa assinalam aniversário da morte de Mahsa Amini no Irão

Centenas de ativistas reuniram-se hoje em Londres e noutras cidades europeias para assinalar o aniversário da morte de Mahsa Amini, a jovem curda iraniana de 22 anos que morreu sob custódia policial no Irão no ano passado.

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Lusa
16/09/2023 16:31 ‧ há 1 ano por Lusa

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Gritando "Mulheres! Vida! Liberdade!", segundo a agência Associated Press (AP), a multidão segurava o retrato de Amini, manifestando-se em memória da jovem que morreu em 16 de setembro de 2022, depois de ter sido detida por alegadamente violar a lei iraniana sobre o véu obrigatório. Protestos semelhantes tiveram lugar em Roma e Berlim.

A morte de Amini gerou protestos mundiais e também em território iraniano, onde as as autoridades tentaram evitar que o aniversário reacendesse os protestos que assolaram o país no ano passado.

No Irão, o Presidente Ebrahim Raisi reuniu-se na sexta-feira com familiares de membros das forças de segurança que morreram nos protestos desencadeados pela morte de Amini, noticiou hoje a agência oficial IRNA.

O encontro teve lugar na cidade santa de Mashad e Raisi reuniu-se com familiares de dois membros da milícia islâmica dos basiji que morreram em novembro do ano passado nos protestos em várias cidades iranianas.

As autoridades condenaram Majid Reza Rahnavard à forca por estas mortes e em dezembro este jovem de 23 anos foi enforcado em público.

Pelo menos sete manifestantes foram executados por participar dos protestos.

O grupo de ativistas Hengaw Organization for Human Rights informou hoje que o pai de Amini foi detido à porta de casa depois de a família ter dado a entender que tencionava reunir-se na sua sepultura para uma cerimónia tradicional de comemoração.

 Amini morreu três dias depois de ter sido detida pela polícia da moralidade, alegadamente por violar as leis que obrigam as mulheres a cobrir o cabelo em público. Embora as autoridades tenham afirmado que sofreu um ataque cardíaco, os apoiantes de Amini garantem que foi espancada pela polícia e morreu em consequência dos ferimentos.

As forças de segurança iranianas impuseram fortes restrições de acesso ao cemitério onde Amini está enterrada e onde, um dia após a sua morte, começou a onda de protestos cívicos.

Nas últimas semanas, as autoridades iranianas intensificaram os avisos e as medidas repressivas numa tentativa de evitarem que o primeiro aniversário da morte de Amini se converta em novas manifestações.

Apesar da visibilidade dos protestos e da atenção internacional, o movimento cívico ainda não conseguiu ameaçar os alicerces do regime teocrático liderado pelo 'ayatollah' Ali Khamenei. 

Os Estados Unidos, em coordenação com o Reino Unido, o Canadá e a Austrália, anunciaram na quinta-feira a imposição de sanções contra 25 cidadãos iranianos (membros das forças de segurança e dos guardas da revolução), três órgãos de informação (o canal Press TV e as agências Tasnim e Fars) e uma empresa "ligada à censura da internet" no país - todos relacionados com a repressão das manifestações cívicas.

 

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