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Biden saúda luta dos iranianos no aniversário da morte de Amini

O Presidente norte-americano, Joe Biden, saudou hoje o compromisso dos iranianos por um "futuro democrático e livre", apesar da "repressão e violência contínuas", por ocasião do aniversário da morte de Mahsa Amini por desrespeito das regras islâmicas de vestuário.

Biden saúda luta dos iranianos no aniversário da morte de Amini
Notícias ao Minuto

18:41 - 15/09/23 por Lusa

Mundo Joe Biden

Em comunicado, Biden destacou a importância de recordar o exemplo da jovem iraniana e elogiou a coragem de todos os cidadãos que foram "mortos, feridos ou presos pelo regime iraniano por exigirem pacificamente dignidade e democracia".

"Como vimos ao longo do último ano, a história de Mahsa não terminou com a sua morte brutal. Ela inspirou um movimento histórico (...) que impactou e influenciou pessoas em todo o mundo que defendem incansavelmente a igualdade de género e o respeito pelos direitos humanos", indicou.

O líder da Casa Branca sublinhou que "os iranianos serão os únicos que determinarão o destino do seu país, mas os Estados Unidos continuam empenhados em apoiá-los, inclusive fornecendo ferramentas para apoiar a capacidade dos iranianos de defenderem o seu próprio futuro", tal como manifestar-se contra todas as formas de violência de género contra mulheres e raparigas em todo o mundo.

Em 16 de setembro de 2022, Mahsa Amini, uma jovem curda iraniana de 22 anos, morreu sob custódia da chamada polícia da moralidade, unidade encarregada de fazer cumprir o rigoroso código de indumentária das mulheres, gerando uma vaga de protestos na República Islâmica e ampla condenação internacional.

Biden destacou que, durante o ano passado, os Estados Unidos "responderam aos apelos do povo iraniano e montaram uma campanha diplomática sem precedentes que levou à expulsão do Irão da Comissão das Nações Unidas sobre o Estatuto Legal e Social das Mulheres" e à criação de uma missão de investigação da ONU.

"Ajudámos um número crescente de ativistas dos direitos humanos a encontrar refúgio seguro nos Estados Unidos. Tornámos o acesso à Internet mais fácil para os iranianos: no auge dos protestos, 30 milhões de iranianos (quase um em cada três) utilizaram ferramentas que apoiaram medidas anticensura. Também sancionámos mais de 70 indivíduos e entidades iranianas responsáveis ??por apoiar a repressão do regime", sublinhou.

Os Estados Unidos impuseram hoje sanções económicas a órgãos de comunicação estatais do Irão, pelo seu "papel fundamental na repressão dos protestos por parte do regime".

O Departamento do Tesouro norte-americano publicou hoje uma ampliação da sua lista de sanções ao Irão, nela incluindo 'media' estatais como a estação Press TV e as agências Tasnim e FARS.

"Muitos destes órgãos trabalham em conjunto com os serviços de segurança e de informações iranianos, esbatendo as fronteiras entre o Governo e a comunicação social e alargando o alcance opressivo do regime" da República Islâmica, sublinhou o Departamento do Tesouro (equivalente ao Ministério das Finanças) num comunicado.

Por sua vez, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, lembrou que a morte da jovem iraniana há um ano "desencadeou protestos em todo o Irão que foram respondidos com violência, detenções em massa e interrupção sistémica do acesso à Internet por parte do regime".

"Continuaremos a tomar medidas apropriadas contra aqueles que suprimem os direitos humanos básicos dos iranianos", afirmou num vídeo transmitido nas redes sociais.

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