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Estado da União. PE destaca temas como política social e ambiental

Líderes de grupos políticos do Parlamento Europeu (PE) destacaram hoje temas como as políticas económica, social, migratória ou ambiental no discurso do Estado da União de Ursula von der Leyen, para elogiar ou contestar, conforme as opções políticas.

Estado da União. PE destaca temas como política social e ambiental
Notícias ao Minuto

14:55 - 13/09/23 por Lusa

Mundo Estado da União

O presidente do Partido Popular Europeu (PPE, o maior do hemiciclo e que inclui os eurodeputados do PSD e o do CDS), Manfred Weber, apontou a questões como o crescimento económico e a competitividade: "Precisamos de crescimento, precisamos de emprego, precisamos de rendimentos dignos, precisamos de prosperidade, precisamos de uma indústria forte", defendeu, elogiando as propostas de von der Leyen para reduzir a burocracia, investir na inovação e cultivar relações comerciais" na União Europeia (UE).

O líder conservador salientou ainda, no âmbito da política migratória, "a Europa precisa de decidir quem pode entrar nas suas fronteiras e destacou o 'ADN europeu' de proteção dos refugiados".

A responsável da Aliança dos Socialistas e Democratas (S&D, onde pertencem os eurodeputados do PS), Iratxe García, gostaria, por seu lado, de ter visto "um maior empenhamento na aplicação do Pilar Social" europeu.

A socialista apelou à inclusão da violência de género na lista de crimes da UE e à utilização dos bens russos congelados para ajudar a financiar a reconstrução da Ucrânia e sublinhou a unidade da UE na resposta à invasão deste país pela Rússia.

O grupo da Esquerda (eurodeputados do PCP e BE) alertou, pela voz do co-presidente Martin Schirdewan, que "a realidade para muitos europeus continua a ser sombria, com o aumento dos custos de vida e a queda dos salários reais".

Segundo Schidewan, 95 milhões de pessoas na UE [em cerca de 500 milhões] estão ameaçadas pela pobreza".

Já o líder dos liberais do Renovar a Europa, Stéphane Séjourné, destacou as medidas positivas adotadas em resposta à pandemia, à agressão da Rússia contra a Ucrânia e ao Pacto Ecológico Europeu.

Séjourné pediu ainda que a UE se concentrasse na reindustrialização da Europa e sublinhou a necessidade de uma solução duradoura para as questões da migração.

Os Verdes, por seu lado, puxaram pelo discurso em defesa da natureza, lembrando que "há limites para o que o nosso planeta pode levar e para o que pode dar".

O líder dos ecologistas, Philippe Lamberts, defendeu que "a transição ecológica representa «a maior oportunidade económica única para a Europa" e apelou ainda a Ursula von der Leyen para abordar as questões da habitação e a intensificar os seus esforços contra as violações do Estado de direito.

Os Conservadores e Reformistas Europeus (ECR) salientaram que "há cada vez mais instabilidade, tensão e incerteza", pela voz de um dos líderes Ryszard Legutko .

"O contrabando de pessoas está a prosperar, o Pacto Ecológico é uma extravagância dispendiosa, o custo da dívida comum da UE será duas vezes maior do que o previsto e o orçamento da UE está em ruínas», considerou.

Por fim, o grupo Identidade e Democracia referiu que o Pacto Ecológico deveria ser mais pragmático e, disse Marco Zanni, combater as alterações climáticas sem prejudicar os agricultores.

Ursula von der Leyen proferiu hoje, perante o PE, o último discurso do Estado da União do seu mandato.

O discurso do Estado da União foi instituído pelo Tratado de Lisboa e foi proferido pela primeira vez por Durão Barroso, consistindo num balanço sobre a ação do executivo comunitário e na apresentação das principais apostas europeias para o ano seguinte.

Leia Também: Estado da União. Discurso apela à "recuperação do potencial" da UE

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