Uganda. Sítio de Kasubi retirado da lista do Património Mundial em Perigo

A UNESCO retirou hoje da lista do Património Mundial em Perigo o sítio de Kasubi, que contém os túmulos dos governantes de Buganda, um reino tradicional do sul do Uganda, danificado por um incêndio em 2010.

uganda mapa

© Reuters

Lusa
12/09/2023 21:08 ‧ 12/09/2023 por Lusa

Mundo

Uganda

Situado nas colinas acima da capital, Kampala, este complexo de edifícios circulares feitos de madeira, canas e telhados de colmo está classificado como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) desde 2001.

Em março de 2010, um incêndio destruiu em grande parte o edifício principal, conhecido como Muzibu-Azaala-Mpanga, que alberga os túmulos de quatro "kabakas" (reis) de Buganda, o primeiro reino consuetudinário do país.

O programa de reconstrução, realizado com a ajuda de financiamento internacional, "foi concluído com sucesso no verão de 2023, permitindo que o sítio voltasse ao estado de conservação desejado", afirmou o Comité do Património Mundial, reunido em Riade até 25 de setembro.

"Esta reconstrução é um sucesso coletivo: Das autoridades ugandesas, dos profissionais do património ugandeses, mas também das comunidades locais que estiveram no centro do processo", felicitou Audrey Azoulay, diretora-geral da UNESCO, citada num comunicado de imprensa.

"Esta é uma excelente notícia para a comunidade internacional no seu conjunto, numa altura em que consideramos prioritário para o Património Mundial dar mais espaço aos sítios africanos", acrescentou.

Metade dos sítios inscritos na Lista do Património Mundial em Perigo situa-se no continente.

O antigo palácio dos "kabakas", construído em 1882 e convertido em cemitério real em 1884, é "um exemplo excecional do estilo arquitetónico desenvolvido pelo poderoso reino de Buganda a partir do século XIII", segundo a UNESCO.

O incêndio de 2010 causou grande agitação entre os Baganda, súbditos dos reis de Buganda e um dos principais grupos étnicos do Uganda.

O incêndio ocorreu numa altura em que as relações entre o Governo e os Baganda estavam tensas, na sequência da proibição de viajar imposta ao seu monarca em setembro de 2009, o que provocou tumultos maciços em Kampala, deixando pelo menos 27 mortos.

Leia Também: Uganda. Líder da oposição pede que UE e EUA parem de financiar governo

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