O cientista Ian Wilmut morreu esta segunda-feira, aos 79 anos, de acordo com um comunicado da Universidade de Edimburgo, na Escócia.
O diretor do Institudo Roslin, pertencente à universidade, referiu, em comunicado cotado pela Associated Press que a morte do cientista foi uma grande perda. "Ian liderou a equipa que produziu o primeiro mamífero clonado, com Dolly. Este animal teve um impacto muito positivo na forma como a sociedade se envolve com a ciência e como os cientistas se envolvem com a sociedade", notou Bruce Whitelaw.
Wilmut afastou-se do instituto em 2012, mas em 2018 anunciou um apoio a pesquisas sobre Parkinson, revelando também que tinha sido diagnosticado com esta perturbação cerebral.
Dolly foi o primeiro mamífero a ser clonado, em 1996, tendo a equipa anunciado a situação apenas no ano seguinte, quando a ovelha já tinha sete meses. Dolly foi clonado a partir de uma célula adulta e a descoberta levou a novos avanços na investigação médica e animal.
O vice-diretor da universidade de Edimburgo descreveu Wilmut como um "titá do mundo científico", sublinhando o trabalho que "transformou o pensamento científico na altura". "Este avanço continua a alimentar muitos dos avanços que foram feitos no campo da medicina regenerativa que vemos hoje", referiu Peter Mathieson, em comunicado.
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