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Islamistas em campo de refugiados do Líbano garantem cumprir cessar-fogo

Fações islamistas no maior campo de refugiados palestinianos do Líbano disseram hoje que respeitarão um cessar-fogo após três dias de confrontos, que mataram pelo menos cinco pessoas e deixaram centenas de famílias deslocadas.

Islamistas em campo de refugiados do Líbano garantem cumprir cessar-fogo
Notícias ao Minuto

17:56 - 10/09/23 por Lusa

Mundo Líbano

Os combates entre o Fatah - Movimento de Libertação Nacional da Palestina, do Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e grupos islamistas abalaram o campo de refugiados de Ein el-Hilweh, no sul do Líbano, desde sexta-feira.

O movimento Fatah e outras fações no campo de refugiados pretendiam reprimir os suspeitos acusados de matar um dos seus generais militares no final de julho.

Além dos cinco mortos, outras 52 pessoas ficaram feridas, disse o médico Riad Abu Al-Einen, que dirige o Hospital Al-Hamshari, em Sídon, a terceira maior cidade do Líbano, para onde foram encaminhadas as vítimas.

Ein el-Hilweh, onde vivem cerca de 55 mil pessoas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), é conhecida pela sua ilegalidade e a violência não é incomum no campo de refugiados, que foi criado em 1948 para abrigar palestinianos que foram deslocados quando Israel foi estabelecido.

Autoridades libanesas, agências de segurança e a ONU instaram as fações em conflito a chegarem a um acordo sobre um cessar-fogo. O chefe interino da agência de Segurança Geral do Líbano, Elias al-Baysari, disse que participará numa reunião na segunda-feira entre as fações palestinianas e instará as fações a chegarem a uma resolução.

As fações em conflito no campo de refugiados afirmaram, segundo um comunicado divulgado hoje pela agência nacional de notícias estatal do Líbano, que planeavam respeitar um cessar-fogo.

A UNRWA, agência da ONU para refugiados palestinianos, disse que centenas de famílias deslocadas do campo de refugiados se abrigaram em mesquitas próximas, escolas e no prédio do município de Sídon.

A agência da ONU e as organizações locais estão a criar abrigos adicionais depois de o primeiro-ministro e o ministro do Interior do Líbano terem encerrado uma iniciativa do município, da Cruz Vermelha libanesa e de grupos comunitários locais para montar algumas dezenas de tendas para famílias.

Os paramédicos do Crescente Vermelho Palestiniano montaram postos na entrada do campo para tratar os feridos e forneceram pacotes de alimentos às famílias deslocadas.

Vários dias de confrontos de rua no campo de Ein el-Hilweh entre o movimento Fatah e membros do grupo extremista Jund al-Sham eclodiram no início deste verão, provocando 13 mortos e dezenas de feridos, e terminaram depois de uma trégua estabelecida em agosto.

No entanto, previa-se que os confrontos recomeçassem, uma vez que os grupos islamistas nunca entregaram os acusados de matar o general do movimento Fatah ao poder judiciário libanês, como exigido por um comité de fações palestinianas no mês passado.

Líbano serve de abrigo a dezenas de milhares de refugiados palestinianos e seus descendentes, em que muitos vivem nos 12 campos de refugiados espalhados neste país na extremidade leste do mar Mediterrâneo, na Ásia Ocidental.

Leia Também: ONU apela a "fim urgente" de confrontos entre fações palestinianas rivais

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